O Plano de Ação das Operações Integradas dos Territórios de Intervenção (PAOITI) da Póvoa de Varzim, está em atividade desde fevereiro deste ano dentro dos seus quatro eixos de intervenção: Saúde e Envelhecimento Ativo; Cidadania e Participação; Inclusão e Intervenção Social e Gestão, Monitorização e Avaliação. Ao MAIS/Semanário, Andrea Silva, vereadora do pelouro da Coesão Social, explicou como estão a correr as atividades e os planos implementados nestes primeiros seis meses deste programa.
O eixo de intervenção da Saúde e Envelhecimento Ativo abrange várias operações, sendo uma delas o Afetos em Casa que envolve a teleassistência. Tem havido adesão a este programa?
Sim. No âmbito desta ação, os Afetos em Casa, de facto, existem duas operações distintas, uma que está prestes a iniciar no terreno e a outra que já existe e que já era implementada pelo município da Póvoa de Varzim, o da teleassistência. Nesta ação, temos cerca de 80 pessoas a serem monitorizadas pela teleassistência nas várias freguesias do concelho. Pessoas que são identificadas, quer sejam por nós, quer seja pelos assistentes sociais do hospital, das juntas de freguesia, das IPSS, quer sejam pessoas que até autonomamente nos procurem porque se sentem um bocadinho desamparadas e, portanto, às vezes não têm cá os filhos, estão emigrados, às vezes não têm muito mais família alargada e, portanto, não querem sentir sós e procuram nos para podermos implementar na sua residência, na sua habitação, o projeto da teleassistência. Esta é uma iniciativa que tem tido muito sucesso ao longo destes últimos anos. As pessoas recebem-na com muito boa vontade, são muito recetivas porque se sentem acompanhadas e deixaram de se sentir sós. Pelo menos uma vez por semana, alguém lhes liga a perguntar a determinada hora, se está tudo bem, se a pessoa faz aniversário, dar os parabéns. A pessoa sente que a qualquer momento se precisar de alguma coisa, basta clicar na pulseira e tem uma resposta do outro lado e isto já permitiu salvar a vida de algumas pessoas. Já tivemos situações em que a ambulância foi acionada de imediato e chegou a tempo de socorrer as pessoas, o que nos deixa a todos muito mais tranquilos, e também aos próprios familiares que muitas vezes estão ausentes, e saberem que pelo menos alguém dará conta de que alguma coisa estará a se passar, até porque se a pessoa não responder à chamado da entidade é logo acionado o alerta e, portanto, acho que esta é uma iniciativa que tem tido muita aceitação. As pessoas não têm vergonha de andar com a pulseira e até sentem que tenham alguma autonomia porque se podem deslocar e sabem que estão sempre acompanhadas.
Este texto faz parte de um artigo publicado na edição de 28 de agosto do MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).