Vários elementos do PS/Póvoa estão na Assembleia da República para assistir à aprovação da lei que acaba com as uniões de freguesias impostas em 2013. Para João Trocado, líder da concelhia socialista, estas uniões “nada trouxeram de melhoria para as populações das freguesias”, sendo esta “uma grande vitória do povo”.
“O que está e sempre esteve em causa é o respeito pela identidade de cada freguesia, uma maior proximidade de serviços e do poder político de decisão. Com a separação, cada poveiro voltará a ter um presidente de Junta mais próximo, a quem poderá exigir um melhor trabalho”, indica o também vereador na Câmara Municipal da Póvoa de Varzim.
João Trocado recorda que, “ao longo de 8 anos de mandato à frente do PS/Póvoa, muitas vezes me disseram, deputados e dirigentes nacionais, que não iria acontecer, que não teria sucesso, mas eu nunca desisti desta causa”.
Lembra, também, que “durante o mandato 2017-2021 as propostas que afirmavam a necessidade de desagregação apresentadas pelos eleitos pelo PS foram chumbadas pela maioria então existente na União das Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso. A perda da maioria absoluta do atual presidente de Junta, em 2021, que concorreu com o apoio do PSD, foi crucial para que se invertesse essa posição e vencesse o bom senso e a vontade popular expressa em urnas”.
“O processo teve diversos avanços e recuos. Há somente três semanas, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, afirmava ter muitas dúvidas sobre a legalidade da proposta que é agora votada, apelando indiretamente ao veto presidencial”, indica.
Contudo, termina: “partidos e políticos hipócritas à parte, esta é sem sombra de dúvida, uma grande vitória do povo. É essa a vitória que viemos a Lisboa testemunhar”.