Em carta aberta divulgada na semana passada, a 3 de agosto, o PSD de Vila do Conde pediu ao executivo municipal que “proceda ao envio de toda a informação existente e que está a sustentar os trabalhos de revisão do PDM” (Plano Diretor Municipal).
Agora, depois de a proposta não ter sido acedida, diz que “será reiterado o pedido de informação”, numa “última tentativa para termos uma transparência política mínima no processo eleitoral em curso”.
O pedido surge dada a prolongada revisão do PDM de Vila do Conde, que dura desde 2001 e que terá de ser concluída e aprovada a 2 de setembro de 2022.
Visto que “o PDM é um documento estruturante no ordenamento do território e espelho das opções estratégicas com influência na comunidade”, os sociais-democratas defendem que, em ano eleitoral, a sua análise pelos candidatos para que possam apresentar projetos e opções “torna-se central”.
No entanto, o partido afirma que “não existe informação dada nem à oposição atual nem à população em geral” sobre o PDM e os estudos sobre a sua execução e impacto, destacando “a opacidade deste processo”.
Pediu, por isso, na passada terça-feira, que o executivo envie a informação sobre o documento para “todas as candidaturas à Câmara Municipal de Vila do Conde, sem exceção, de modo que todos tenham igual oportunidade não só de aceder a toda a informação, mas também para que lhes seja possível contribuir, com as suas opções, para um debate aberto e positivo em prol dos superiores interesses de Vila do Conde”.
Quase uma semana volvida, o PSD diz que “o município reiterou a opacidade com que lida com este assunto, não tendo até hoje respondido positivamente a nada do que se requereu”. Tira, ainda, a conclusão que “o PS, de Vítor Costa e a NAU, de Elisa Ferraz, não conseguiram concretizar, em 20 anos, a revisão e publicação do PDM”.
Depois de “inúmeras visitas” de Pedro Soares, candidato pelo partido à Câmara Municipal, e da sua equipa a “diversas indústrias” da cidade, foram diagnosticadas “as más acessibilidades”, bem como a “dificuldade de licenciamento”, “incerteza para o investimento” e “a desequilibrada política habitacional que reforça o isolamento e trava o crescimento e desenvolvimento do território”.
Estas dificuldades, continuam, são consequência do “efeito nocivo de não haver um plano estratégico, nomeadamente um PDM moderno e em vigor”.
Nesse sentido, o PSD de Vila do Conde volta a pedir acesso aos “documentos que estão a suportar a revisão do PDM”. Compromete-se, por último, a “concluir o processo de revisão do PDM” até ao final do mês de agosto, “munindo o município de um documento estratégico, moderno e eficaz que permita uma década de desenvolvimento”.
Foto página Facebook de Pedro Soares