Quatro arguidos por tráfico de estupefacientes a partir da Póvoa de Varzim

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O Ministério Público acusou quatro arguidos pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes agravado. Os acusados terão expedido e distribuído canábis para o estrangeiro através de uma sociedade com sede no Funchal, mas com instalações na Póvoa de Varzim.

Numa nota publicada no seu portal online, a Procuradoria-Geral Distrital do Porto aponta que os arguidos, três dos quais tinham residência em França, foram contratados por outros três indivíduos que eram responsáveis pela referida sociedade, que comercializava produtos à base de canábis. Os arguidos terão, alegadamente, procedido a “operações de expedição/distribuição de encomendas contendo canábis a clientes residentes no estrangeiro que adquiriam tais produtos via online”.

“No transporte das encomendas até às instalações da Póvoa de Varzim e destas para os clientes, eram usadas empresas transportadoras, incluindo com transporte aéreo, e a mercadoria era declarada como sendo produtos alimentares ou outras mercadorias lícitas”, refere o Ministério Público.

Esta atividade iniciou em outubro de 2024. Apenas dois meses depois, a 4 de dezembro, “os arguidos rececionaram três caixas de estupefaciente, proveniente de Itália, contendo 14.996kg de canábis”, o suficiente para 1.499 doses individuais.

Na altura, os arguidos detinham no estabelecimento da Póvoa “46 envelopes/encomendas já fechados prontos para serem expedidos para diversos destinatários, de diversas regiões de França, assim como diversos produtos expostos/guardadas, contendo canábis em diversas formas”. O total era de 14.275 doses em canábis em folha/sumidade e 24.512kg de canábis resina, bem como diversos produtos contendo canábis resina.

Duas semanas mais tarde, a 19 de dezembro, já quando os arguidos estavam em sujeitos a privação da liberdade, foram ainda rececionadas naquele espaço comercial 11 encomendas, contendo diversos produtos com canábis.

Os arguidos estão sujeitos a medidas de coação detentivas da liberdade, diz a Procuradoria-Geral. Entretanto, prosseguem autonomamente as investigações quanto à associação e envolvimento de outros indivíduos.