No segundo ano sem festejos de S. João em Vila do Conde, o presidente do Rancho do Monte, Carlos Pontes, fala num sentimento de “enorme tristeza” e “incerteza quanto ao futuro”, visto que alguns elementos vão deixar o grupo, mas reconhece que para retomar a atividade em grande, é “absolutamente necessário” ultrapassar a situação pandémica.
Neste sentido, o programa do Rancho para este ano consiste na exposição de um carro, no tradicional ato da bandeirinha (que decorreu no passado 15 de junho) e no lançamento de um pequeno vídeo do rancho. Não haverá atividades nas ruas.
“O Rancho parou. Desde as exibições, às digressões, mesmo os ensaios tiveram que parar, uma dado não existirem condições para retomar essas atividades, respeitando as normas da DGS”, conta o reponsável. Porém, embora suspensas as atividades com público, do ponto de vista associativo o rancho não paralisou. Foram feitas obras no salão de ensaios, na sala dos trajes e na biblioteca; organizaram-se eventos e, no passado dia 19, lançaram o livro – cujo lançamento deveria ter acontecido no ano anterior, não fosse a pandemia – “Rancho do Monte – há cem anos a cantar Vila do Conde”, da autoria de Marta Miranda, diretora da Biblioteca José Régio.
Acerca da distribuição de subsídios das festas de S. João pelos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde e Cruz Vermelha o presidente opta por uma posição recatada, não emitindo quaisquer comentários.
Quanto à programação de eventos para o próximo ano, o Rancho terá que reagendar as saídas que haviam sido marcadas para 2021 e repescar algumas que foram canceladas, no sentido de alcançar o tão desejando regresso à normalidade.