O cordão dunar de Mindelo, que rompeu no primeiro dia deste ano, continua sem qualquer intervenção, denunciou em comunicado o Núcleo da FAPAS de Mindelo, movimento associativo em favor da Reserva Ornitológica de Mindelo e da preservação do meio ambiente.
Na nota enviada à imprensa, o FAPAS explica que “a entrada da água do mar numa área considerável da ROM, provoca a salinização de uma boa parte dos seus terrenos”, que impede a possibilidade de qualquer cultivo e que “mata grande parte da flora autóctone. Esse efeito leva a que a biodiversidade existente seja fortemente afetada, podendo mesmo ser extinta”, alerta o núcleo.
A preocupação do Núcleo tem vindo a aumentar e acusa a “inação dos decisores”, sendo uma ameaça, que segundo os defensores da reserva “podem levar, no limite, ao desaparecimento da primeira área protegida de Portugal”.
O apelo surge, agora com novo alerta e reforça que “os mindelenses, e outros amigos da ROM, não querem ver o este património cultural, histórico e natural, ser espoliado pelas águas do mar”. Apontam que “temos a obrigação moral de tudo fazer para dificultar o avanço do mar e, com as indicações técnicas que só os especialistas podem dar, impedir que a Reserva seja engolida pelo Oceano Atlântico”. Para o FAPAS “precisamos que todos os meios se solidarizem com o nosso apelo de modo que a causa chegue a quem tem competências decisórias”.