Desde 24 de outubro, três restaurantes da Póvoa de Varzim tornaram-se bandeiras de igualdade com a introdução de ementas inclusivas. Este passo só foi dado graças à concretização de um projeto que a +4490-Associação para a Promoção da Inclusão e Cultura (APIC) já há muito tinha em mente. Os restaurantes onde encontra estas ementas são Zé das Letras, Alto Mar e Nossa Tasca.
O dia escolhido para anunciar esta novidade, não foi ao acaso, uma vez que o dia 24 de outubro é o Dia Municipal da Igualdade.
A APIC, consciente das dificuldades de certos públicos, e como representante da diversidade e inclusão, criou ementas diferenciadoras e que fossem compreendidas por diferentes públicos com limitações ou dificuldades ao nível da comunicação. Nestas ementas foi dada uma atenção especial à Perturbação do Espetro do Autismo (PEA), que neste projeto de comunicação acessível, conta com ementas com um design inclusivo que permita às crianças, jovens e pessoas mais velhas com autismo escolher com facilidade os pratos e componentes que querem numa refeição fora de casa. Estas ementas promovem a autonomia nas escolhas da pessoa autista, bem como tornam as saídas em família mais fáceis.
O conceito das ementas inclusivas já estava implementado no país, mas as ementas da APIC distinguem-se das outras já existentes, pela realidade com que são apresentados os pratos, de forma atrativa e assemelhando-se o mais possível àquilo que se vê na mesa e na respetiva imagem.
Para tal, a +4490-Associação para a Promoção da Inclusão e da Cultura contou com a ajuda da UPA UPA DESIGN, parceira do projeto, que se dedicou, desde o início, a perceber os requisitos e necessidades das pessoas com PEA e realizou um trabalho de proximidade, apostando num design que ajude a uma participação plena e efetiva de todas as pessoas que apresentem esta dificuldade de comunicação, conferindo-lhes mais autonomia e independência.
Fátima Gonçalves, da +4490-Associação para a Promoção da Inclusão e da Cultura (APIC), explicou que este projeto ainda só tem três restaurantes, por estar numa fase de projeto-piloto: “escolhemos restaurantes mais familiares e em freguesias mais rurais e menos rurais, bem como no centro da cidade”, afirmou Fátima Gonçalves.