Resulima garante que deposição de resíduos diretamente no aterro é “temporária”

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A Resulima, empresa que gere o aterro de Paradela, enviou nesta terça-feira às redações um esclarecimento no qual garante que a deposição de resíduos urbanos diretamente em aterro sanitário é uma situação temporária que decorre “com o conhecimento e em articulação com as entidades responsáveis”.

“A prática de deposição de resíduos urbanos diretamente em aterro sanitário ocorre exclusivamente em situações de emergência, avaria ou quando os circuitos de recolha em questão têm resíduos que, pela sua natureza e características, têm potencial de causar avaria nos equipamentos que constituem o tratamento mecânico, situação que decorre de procedimentos de segurança preventivos em qualquer unidade de tratamento de resíduos. No caso da Resulima, esta situação ocorre em alguns circuitos de recolha de resíduos urbanos onde foram detetados resíduos têxteis em elevada quantidade, situação que já está a ser analisada com as entidades responsáveis”, lê-se no comunicado.

Esta situação “é do conhecimento de todas as entidades que fazem parte da Comissão de Acompanhamento da Unidade de Valorização de Resíduos, devidamente reportada e registada pela Resulima”, acrescenta a empresa.

Lembre-se que, na sexta-feira da semana passada, a Junta de Freguesia de Laúndos fez uma publicação, nas redes sociais, na qual denuncia “descargas diretas de resíduos” a céu aberto no aterro. No sábado, o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim classificou a situação de “crime ambiental” e declarou que “as entidades responsáveis não podem fechar os olhos a isto”.

O aterro de Paradela é, desde janeiro de 2022, alvo de inúmeras queixas por parte dos moradores das freguesias fronteiriças, nomeadamente das poveiras Laúndos e Rates, por causa dos maus cheiros.