“Se houvesse que buscar responsabilidades, elas tinham que ser divididas pelos que saíram e por aqueles que ficaram”

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Edgar Pinho, presidente do Varzim, foi à sala de imprensa depois de consumada a descida do clube à Liga 3. Leia, na íntegra, o que disse o recandidato às eleições de 28 de maio.

“Falar neste dia de profunda tristeza para toda a família varzinista, para toda porque nela me incluo, e sou provavelmente apontado como principal responsável. Nunca fugi às minhas responsabilidades na vida, mas também não é agora o momento de buscar bodes expiatórios para aquilo que aconteceu esta época e já na época anterior ao Varzim”.

“Integrei e chefiei uma equipa diretiva composta por poveiros e se houvesse que buscar responsabilidades aqui, elas tinham que ser divididas pelos que saíram, não respeitando o compromisso que assumiram e por aqueles que ficaram, que não conseguiram traduzir a vontade que todos nós queríamos ver acontecer”.

“Infelizmente o Varzim descerá de divisão, neste momento e com o quadro que dispomos, mas não é altura de deitar a toalha ao chão. Como disse há dois anos e meio quando tomei posse, a diferença no futebol está entre a bola bater no poste e entrar, ou não entrar, e quem acompanhou a carreira do Varzim esta época, viu que muitas vezes a bola bateu e não entrou. Tivemos falta de fortuna, creio eu, falta de competência em outros jogos, creio eu, não sou jogador de futebol, não estou lá dentro, e cá fora enquanto presidente desta direção, e conjuntamente com todos aqueles que comigo estiveram até agora, tudo fizemos para que este dia não fosse verdade”.

“O Varzim honra-se de ter vindo a cumprir os compromissos com os seus atletas, o Varzim honra-se neste momento de não fazer parte de um grupo de clubes que têm incumprimentos sustentados em falácias, mas iremos ver no que isto pode vir a traduzir-se em breve”.

“Por último, desejar à família varzinista que continuem a acreditar no Varzim. o Varzim é um projeto que vale a pena, é um clube que todos gostamos, e seguramente regressará muito em breve à II Liga, e ao desejo de todos, no convívio entre os grandes”.

“Eu estarei disponível, porque não sou de fugir a compromissos, estarei cá no dia 28, continuarei no Varzim, se os varzinistas assim o entenderem, se não, sairei e deixarei a quem vier o desejo que consiga fazer melhor do que nós fizemos. Não é fácil, e desenganem-se aqueles que liderar um clube de futebol da dimensão do Varzim é tarefa fácil, mas independentemente disso que a força de quem vier consiga traduzir em resultados aquilo que esta direção não conseguiu fazer”.

Foto arquivo