Graças a Deus que não! A bem da Democracia, da Póvoa, de Aires Pereira, da discussão que faz nascer luz. Não é por não serem todos Poveiros, que se o é menos, se desgoste e ame menos a Póvoa. Podem não ser Todos Poveiros, mas Todos não serão de mais para contribuir no seu crescimento, no ajudar a traçar o seu futuro. Foi isso que pensou Aires Pereira ao escolher este ‘Somos Todos Poveiros’, como slogan de campanha eleitoral autárquica. O facto de vestir a camisola do PSD, é outra conversa. Irrelevante e instrumental, a estrutura partidária local, apenas permite servir de ponte para o aparelho laranja nacional, gente que teve o cuidado de não intrometer nesta campanha local. Amigos, amigos, negócios à parte. Com o aparelho político/partidário a sofrer os inconvenientes de ‘nem o diabo aparece, nem a gente almoça’, Aires Pereira, soube cuidadosamente separar as águas, entre a vice-presidência partidária nacional, e a rota delineada como presidente da autarquia poveira, em campanha para renovação de mandato. O slogan está um ‘must’ em propaganda. Aires Pereira está de parabéns pela vitória eleitoral. Uma vitória, um resultado que é um prémio a quatro anos de incessante trabalho político, esforço como administrador, suor no corre-corre para tudo o que era festa, procissão, evento social, e manifesto desgaste físico, que estas coisas não perdoam. Mas está de parabéns. Ele como obreiro, a Póvoa como obra. Pelo menos assim pensa a grande maioria que agora o premiou. Mas Aires Pereira, como animal político que é, sabe que, sendo o mérito só e apenas seu, este resultado eleitoral, sete vereadores em nove, é também um presente envenenado. Uma Oposição forte, competente, exigente, valoriza o trabalho, justifica o irrealizável, desculpa o oportunismo, equilibra os desequilíbrios. E partidáriamente, trava os ‘pedidos’ inconvenientes, e mobiliza.
Com a oposição reduzida aos dois vereadores eleitos pelo Partido Socialista, e o CDS/PP, CDU e BE, com palco político confinado à Assembleia Municipal, a gestão camarária vai exigir de Aires Pereira duplo trabalho político, administrativo, e nas aspirações partidárias. Os quatro anos que foram agora com esta votação premiados, custaram-lhe mais uns quantos cabelos brancos, e somar mais umas quantas invejas. A sua intensa, atenta e permanente condução dos mais pequenos pormenores na vida camarária, para quem de perto a seguiu, sabe do esforço e trabalho que isso o obrigou. E se a Oposição soube sempre reconhecer-lhe esse mérito, internamente, nas hostes partidárias, a ‘urticária, ganhou adeptos. Não matam, mas moem. E não se vão esquecer de lembrar, que no ‘Todos somos Poveiros’, eles, com cartão, querem-no ser mais. E quatro anos a preparar um final feliz, sem uma Oposição ‘amiga’, não é tarefa que se ofereça como prémio.
PS: – Dizem-me que uma das grandes áreas de atenção e intervenção de Aires Pereira, neste mandato, vai ser a saúde. E que para ajudar nessa tarefa, que seria uma das prioridades, Aires Pereira se prepara já para convidar uma figura da oposição ligada à saúde. Se for verdade e for por diante, é mais um bom ‘tiro político’.