Trabalhadoras da AZINCON com acesso a linha especial de atendimento na Câmara de Vila do Conde

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A Câmara de Vila do Conde vai criar uma linha especial de atendimento para que as funcionárias da têxtil Azincon, conhecida pela fábrica das camisas, na Varziela, possam tratar “de várias questões, como o pedido de desemprego”, informou ao final da tarde desta sexta-feira a autarquia, depois da reunião que Elisa Ferraz, presidente da edilidade, teve com algumas das trabalhadoras da empresa e a representante do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Vestuário.

A Câmara Municipal decidiu também disponibilizar “um espaço para que os técnicos do IEFP possam atender, de forma faseada e em segurança, as funcionárias”, além de terv transmitido “a existência de meios para ajudar as famílias que se encontrem em situação de emergência social”.

O anúncio destes apoios do município vila-condense surgem no seguimento das noticias de hoje da “insolvência da AZINCON e do despedimento de cerca de 150 pessoas”.

PCP denuncia atos que deixam 150 pessoas no desemprego

Entretanto, a Comissão Concelhia do PCP de Vila do Conde, denunciou que a maioria dos trabalhadores da empresa Azincon já tinham passado por uma situação de lay-off simplificado, entre março e abril, devido às contingências da pandemia de covid-19.

“Depois de terem sido forçadas a férias até 17 de agosto, os trabalhadores começaram a começaram a receber cartas de despedimento, na semana passada, tendo assim conhecimento que a insolvência teria sido declarada”, pode ler-se no comunicado do PCP.

Segundo os comunistas vila-condenses, “ficaram por liquidar os salários de julho e agosto e as respectivas indemnizações e não foram, até à data, entregues aos trabalhadores os documentos para acesso ao subsídio de desemprego”.

O PCP de Vila do Conde apontou, ainda, que a empresa “procurou livrar-se de material e máquinas nos meses anteriores a este encerramento”.

“Enquanto as trabalhadoras gozavam férias, foram vistos camiões junto da empresa. Fica a dúvida se estariam a retirar máquinas, matérias primas e mercadorias, transferindo para outros locais e lesando assim a empresa no seu património, bem como aos trabalhadores”, denunciaram os comunistas, no mesmo comunicado.

Foto CMVC