No dia 29 de novembro de 1922, nasceu Artur Ribeiro, em Vila Nova de Cerveira. Cem anos passados, está a celebrar o aniversário do centenário no lar da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, onde vive.
Artur Ribeiro vive na Póvoa de Varzim “há pelo menos 50 anos”, adiantou o próprio. “Vim parar à Póvoa porque um capelão que esteve aqui, um tal de padre Carlos Garrido, éramos amigos, ele esteve na minha freguesia, e depois veio aqui para baixo e arranjou de eu vir para aqui”, recordou.
Na Póvoa, foi chauffeur particular e motorista da Beneficente e da Santa Casa, esta última por 30 anos, disse.
Quando mais novo, tinha uma máquina de costura, na qual fazia arranjos e remendos às roupas. Atualmente, já não a usa, mas ainda lava a própria roupa. “Gosto de a lavar. Enquanto lavo, estou-me a distrair”, atesta.
Ao longo de 100 anos de vida, garante ter testemunhado muitas mudanças na sociedade, nem sempre para melhor. De acordo com Artur Ribeiro, “a vida vai-se modificando. Agora não é como era dantes. Dantes havia uma outra maneira de ser, no respeito, na educação”.
“O mal da sociedade é esse, não se respeita ninguém. Eu sou o que sou e o outro é o que é, não somos todos iguais nem podemos ser”, garante.
Na tarde desta terça-feira, a equipa da Santa Casa preparou um momento especial com o cantar dos Parabéns dos 100 anos de Artur Ribeiro. Colaboradoras e o provedor Virgílio Ferreira associaram-se à festa.