Aos 100 anos, Isaura Almeida é um exemplo vivo de resistência, ternura e muitas memórias. O MAIS/Semanário teve a oportunidade de assistir à comemoração do seu centésimo aniversário, na Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim. O momento, partilhado na passada segunda-feira, foi muito mais do que uma simples festa, foi uma homenagem à vida de Isaura.
No lar onde atualmente reside, e que passou a ser a sua casa, Isaura esteve rodeada por familiares, amigos, colegas, cuidadores e representantes da comunidade. Entre abraços e sorrisos, a aniversariante partilhou algumas palavras com quem fez questão de estar presente: “É uma alegria muito grande, estou muito feliz.”
Apesar das limitações da idade, especialmente ao nível da audição e da visão, Isaura mostrou uma lucidez tocante. Nasceu em Viseu, mas veio viver para a Póvoa depois de ficar viúva, para estar mais próxima dos filhos. Falou com ternura sobre a nova terra que a acolheu, expressando muita satisfação.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia, Virgílio Ferreira, fez questão de destacar a importância de celebrar estes momentos. Mais do que os números, o provedor salientou o papel fundamental do ambiente emocional no bem-estar dos idosos: “Não é só a parte física. O carinho, o apoio, a socialização, tudo isso prolonga a vida. A medicina ajuda, claro, mas o que realmente importa é que se sintam vistos, ouvidos, acarinhados.”
Este texto faz parte de um artigo publicado esta semana no jornal MAIS/Semanário, que pode ler na íntegra na edição papel ou na edição digital (PDF).
