A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim/ Vila do Conde endereçou uma comunicação conjunta ao Ministro da Saúde, à ARS-Norte e à Administração do CHPVVC, manifestando a sua preocupação pelo estado degradado da unidade, num dossiê que não tem conhecido desenvolvimentos nos últimos tempos.
Recentemente, foi publicado em Diário da República um despacho dando conta da formação de um grupo de trabalho, por parte do Ministério da Saúde, que iria avaliar as atuais condições do hospital e agir em conformidade. Foi avançado na altura que o relatório sobre o estudo estaria concluído em abril, mas até hoje ainda nada foi tornado público. Além disso, a Comissão lembra que “nas Assembleias Municipais de ambas as cidades servidas pelo Centro Hospitalar saíram moções, aprovadas por unanimidade, que defendiam a necessidade de construção de um novo edifício”.
A falta de avanços, quer em relação às obras de melhoramento quer no que concerne à construção de um novo hospital, levou a Comissão de Utentes a pedir esclarecimentos.
No seu comunicado, pode ler-se que “no início de 2017, muitas notícias vieram a público sobre o Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, desde a candidatura a fundos europeus do projeto de ampliação do CHPVVC, à criação de um grupo de trabalho pelo ministério da Saúde para avaliar potenciais obras de melhoramento no hospital, etc. O CHPVVC continua a estar indicado entre as seis unidades cuja construção é prioritária a nívelnacional. Enquanto isso não acontece, porém, serão necessários melhoramentos nas instalações atuais, sem nunca colocar em causa a construção do tão prometido novo hospital. Dos referidos melhoramentos é de realçar o alargamento do Serviço de Urgência, assim como da aquisição de equipamento de TAC. Simultaneamente, pela absoluta falta de condições que presentemente apresenta, importa passar o Serviço de Psiquiatria para as instalações disponíveis no Hospital de Vila do Conde”.
A Comissão de Utentes termina, referindo que “o CHPVVCD serve cerca de 150.000 habitantes, no entanto este número quase duplica com o início da presente época balnear. Nesse sentido, e visto que até à data não se avançaram com obras, nem com a utilização de parte do Hospital de Vila do Conde pela Psiquiatria, nem com o projeto para o novo hospital, manifestamos a preocupação da Comissão de Utentes e solicitamos esclarecimentos sobre o futuro do nosso Centro Hospitalar”.