O presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Vítor Costa, afirmou na quarta-feira que o pedido da sua demissão, exigido pelo movimento independente NAU, “não faz sentido absolutamente nenhum”.
Lembre-se que, no final da reunião do executivo realizada ontem, o movimento independente NAU, liderado pela anterior presidente de Câmara, Elisa Ferraz, afirmou que “não há qualquer buraco financeiro, muito pelo contrário, a auditoria realizada às contas municipais entre 2018 e 2021 revelam o excelente estado financeiro da autarquia”. A NAU exigiu ainda a “demissão imediata” de Vítor Costa, por “propalar graves inverdades” e “por mentir de forma reiterada”.
Para Vítor Costa, “este movimento político nunca se conformou com os vilacondenses terem decidido eleger-me como presidente e não foi capaz de perceber que a sua narrativa das contas certas não corresponde à realidade”. “Acho que além de me terem chamado de sacana na reunião de Câmara, depois da reunião ainda enlouqueceram mais. É uma coisa tão absurda que não faz sentido absolutamente nenhum”.
O autarca voltou a acusar o anterior executivo de fazer “habilidades contabilísticas” e revelou que, ainda esta semana, aconteceram “diligências [judiciais] na Câmara, mas que não visavam o atual mandato”.
Adiantou também que enviou o relatório da auditoria feita às contas da autarquia entre 2018 e 2021 para a Inspeção Geral de Finanças e para o Ministério Público.
Segundo o edil, “o relatório da auditoria não engana, revelando uma sobre orçamentação que se traduz, em linguagem comum, a um buraco superior a 12 milhões de euros”. “Para que não haja dúvida do rigor e da transparência da auditoria, enviamos este relatório à Inspeção Geral de Finanças e para o Ministério Público, para que, no âmbito das suas competências, façam o que entenderem e não restem dúvidas”, disse Vítor Costa.
Movimento NAU pede “demissão imediata” do presidente da Câmara de Vila do Conde