Freguesia da Estela assinala 880 anos de história “de uma terra singular”

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O dia 7 de julho fica marcado com o 880º Aniversário da freguesia de Santa Maria da Estela, e este ano devido à pandemia da Covid-19, as comemorações do Dia da Freguesia ficaram reduzidas à celebração ao fim da tarde de uma missa na igreja da localidade.

Na página da Junta da Estela está publicado um texto alusivo à efeméride.

880 ANOS DE HISTÓRIA DE UMA TERRA SINGULAR

A 7 de julho de 1140, D. Afonso Henriques concedeu Carta de Couto de Villa Menendi e Sancta Maria de Stela a Dom Ordonho IV, abade do Mosteiro de São Martinho de Tibães.

Para delimitar as terras que lhes tinham sido concedidas, os monges mandaram colocar marcos de granito, com a inscrição “TIBÃES”, nas fronteiras da freguesia. Ainda é possível observar alguns destes marcos no lugar original e um no Jardim da Junta de Freguesia.

Até 1834, a freguesia esteve na dependência do mosteiro, o qual recebia, todos os anos, boa parte da respectiva produção agrícola.

Esta carta é o primeiro documento original conhecido, no qual D. Afonso Henriques se intitula como Rei de Portugal.

O original da Carta de Couto esteve, durante setecentos anos, no arquivo do mosteiro. Com a extinção das ordens religiosas (1934), o documento foi enviado para o Governo Civil de Braga, onde acabou por ser encontrado por Alexandre Herculano, que percebeu que se tratava de um importante e o conduziu para o Arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa, onde se encontra até hoje.

Na foto, uma réplica da Carta de Couto, exposta no Salão Nobre da Junta de Freguesia.