Na reunião no Infarmed desta terça-feira, em Lisboa, especialistas de saúde explicaram que nas próximas semanas, mesmo com confinamento, Portugal deverá ultrapassar os 14 mil casos e as 150 mortes.
No final da sessão, o primeiro-ministro António Costa disse que, perante as tendências, será importante adotar medidas com o horizonte temporal de um mês idêntico ao de março e abril.
“O grande tema de divergência tem a ver com o funcionamento das escolas. Está fora de causa interromper actividades de avaliação no ensino superior”, falou o governante, acrescentando que a dúvida está apenas nas faixas intermédias e não nos alunos mais pequenos e admitindo que as crianças até aos 12 anos deverão manter as aulas presenciais.
Costa revelou que o estado de emergência será decretado à quinzena, admitindo mais ou menos restrições consoante a evolução dos números. Caberá ao Presidente da República, depois de ouvir os partidos, o que acontece esta tarde por telefone, declarar o novo estado de emergência. “Nós procurámos sempre tomar as medidas tendo em conta a realidade”, disse, sublinhando que as novas medidas deverão ser adoptadas o mais rapidamente possível, “salvaguardando a necessidade de não apanhar ninguém desprevenido”.