A Associação de Pais e Encarregados de Educação de Balasar (APEEB) iniciou a sua missão em 1999 e tem como objetivo “apoiar o desenvolvimento infantil dentro e fora da escola”. Fátima Santos, presidente do biénio 2019/2020 e 2020/2021, conta como, através de várias feirinhas, festas e outros eventos, pretendem envolver a freguesia na comunidade escolar e trazer diversão e cultura à vida das crianças balasarenses.
A pandemia trouxe “muitos obstáculos e um prejuízo enorme, principalmente para as crianças”. A falta de atividades deixou “um vazio imenso” nos mais novos, conta Fátima. Como exemplo, relembra as crianças que no ano passado estavam no quarto ano. “Não tiveram festa de finalistas, coisa que implica alguma pompa e circunstância e que os miúdos já com 10 anos dão valor”, e também ficaram privados do ACAJUV. A não realização do Acampamento Juvenil é também “uma pena” para as crianças que estavam no terceiro ano, visto que, em princípio, não vão ter essa experiência. A presidente da Associação relembra que, mesmo em 2021, “não está previsto que vai ocorrer”.
A única atividade que a APEEB conseguiu realizar, mesmo que reduzida aos mínimos da sua essência, foi a festa de Natal. Sem os habituais teatros, músicas e apresentações das crianças, conseguiram “fazer a entrega das prendinhas de Natal”. Para Fátima Santos, foi uma maneira de “colmatarmos um bocadinho isto”.
“Todas as necessidades foram satisfeitas”
No tópico das aulas online e das dificuldades que este novo tipo de ensino trouxe, sublinha que “não tenho conhecimento de casos concretos que não tenham sido resolvidos”. Fátima Santos admite que “houve algumas dificuldades no ano passado, principalmente para os pais se prepararem para os meios eletrónicos”, mas “com a ajuda da junta de freguesia, do agrupamento e da Câmara”, todas as situações foram resolvidas. Para além disso, a sede da junta de freguesia (onde, aliás, a Associação está também sediada) tem uma impressora “à disponibilidade” de quem precisar para impressão e cópia dos documentos necessários às aulas.
Quanto às refeições, relembra que “mesmo com as escolas encerradas os alunos não perderam isso” e “as necessidades foram satisfeitas”. Isto porque “as refeições são entregues nas casas das crianças” que a isso têm direito.
“Queremos desenvolver atividades que deixem memórias felizes”
A primeira atividade pós-pandemia ainda não está a ser pensada porque “vai depender da altura do ano”, explica Fátima. No entanto, a Associação quer “começar por fazer as atividades comunitárias, que envolvem os pais, a comunidade, as crianças”, tais como “as habituais feirinhas, com produtos que nos são facultados pelos pais e avós” ou até as “caminhadas, onde participam os pais, avós, e até pessoas da freguesia sem qualquer ligação à associação”.
Reportagem completa publicada na edição papel de 10 de março. Fotos arquivo.