No dia de quinta-feira, foi detetada uma descarga poluente no rio Ave, que se arrastou até à foz, em Vila do Conde. A descarga é ilegal, e por essa razão o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda questionou o governo sobre as medidas a tomar para averiguar a situação e “que medidas de fiscalização serão realizadas para garantir que esta situação não se repete”.
De acordo com a questão do BE, “segundo as denúncias relatadas na comunicação social, a origem da descarga poluente terá sido industrial e proveniente da zona de Árvore ou Azurara”. O partido “considera urgente a ação de inspeção sobre o acontecido e uma punição exemplar para os responsáveis por este atentado”.
“Para além desta atitude reativa, é necessário, igualmente, garantir uma fiscalização apropriada para que estas descargas não se repitam”, continua o Bloco, na questão assinada pelo deputado Pedro Filipe Soares.
Lembre-se que o incidente foi detetado na manhã de ontem por um piquete da Polícia Marítima, adiantou Vítor Costa, presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, à agência Lusa. “Tratou-se de uma massa gordurosa branca, com cheiro intenso, provavelmente de origem industrial, que foi ilegalmente descarregada. De imediato o plano de contingência foi ativado e em algumas horas a situação foi resolvida com a remoção desses resíduos”, explicou.
Disse também o edil que a situação foi resolvida e “não representa um perigo para a saúde pública”, garantindo que “está a ser feita uma pesquisa junto das caixas de saneamento em Azurara, Árvore ou Mindelo para tentar encontrar a origem. Assim que for identificada, haverá processos a ser instaurados pelas autoridades competentes”.