Neste domingo (24), os católicos em Portugal e em todo o mundo celebram o Domingo de Ramos, data que marca o início da Semana Santa, um período de intensas reflexões e de rituais que antecedem a celebração da Páscoa.
Este dia é dedicado à memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, onde foi reconhecido como filho de Deus pelo povo que o aclamou com ramos de palmeira e saudações. É uma celebração carregada de simbolismo e significado para os cristãos, que revivem este momento crucial da história religiosa.
A tradição do Domingo de Ramos está profundamente enraizada na cultura portuguesa. Os fiéis preparam-se para a Semana Santa durante os quarenta dias da Quaresma, um período de penitência e preparação espiritual que tem início na Quarta-feira de Cinzas. E é no Domingo de Ramos que esta preparação culmina, iniciando oficialmente os dias de reflexão que conduzem à Páscoa.
Uma das tradições mais marcantes deste dia é a bênção dos ramos. Os fiéis levam consigo ramos de plantas, geralmente de oliveira ou palmeira, para serem abençoados durante a missa. Esses ramos têm um significado profundo, representando a homenagem e o reconhecimento da autoridade divina de Jesus Cristo.
Nas igrejas e nas ruas, é comum encontrar cruzes adornadas com ramos de palmeira, lembrando a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. Esta é uma prática que une as comunidades cristãs, reforçando os laços de fé e devoção.
Outra tradição peculiar da Semana Santa é a troca de presentes entre padrinhos e afilhados. Os afilhados oferecem ramos ou flores aos seus padrinhos no Domingo de Ramos, gesto que é retribuído no domingo seguinte com o “folar”, uma prenda tradicional de Páscoa que simboliza a renovação e a partilha entre os membros da família e da comunidade.
O Domingo de Ramos é ainda marcado pelas inúmeras procissões em todo o país. De norte a sul, os fiéis saem às ruas para acompanhar as imagens sagradas em procissão, carregando consigo os ramos abençoados como sinal de veneração e devoção.