Jorge Pereira acompanha RP Academy no mundial de Hip Hop e afirma que “falta dar um salto” (fotos)

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Foto: Facebook Jorge Miguel Pereira

O Campeonato do Mundo de Hip Hop, que decorreu nos Estados Unidos até ao último sábado (10 de agosto), contou com a presença de dois grupos da RP Academy: Future e Zheus. A comitiva poveira e a única portuguesa presente no certame foi liderada por Jorge Pereira, criador dos RP, e Vítor Fontes.

Na classificação, o grupo Future, na divisão Varsity alcançou o 31º lugar, em 55 equipas, enquanto o grupo Zheus, na divisão Minicrew, terminou no 20º lugar, entre 60 equipas. Sobre a prestação dos RP, Jorge Pereira, na rede social Facebook, fez um balanço deste mundial.

Começou por dizer que foi “um enorme privilégio e orgulho” estar à frente da comitiva de Portugal e continuou descrevendo a experiência que vivenciou nos Estados Unidos destacando que foi “uma experiência inesquecível, não apenas a nível performativo, mas também nas dimensões sociais, culturais e performativa”.

No entanto, para Jorge Pereira parece que “falta dar um salto”, uma vez que, há já 10 anos Portugal marca presença oficial no Campeonato do Mundo de Hip Hop, mas nunca se conseguiu ter nenhuma equipa portuguesa numa final mundial.

Apesar de Jorge Pereira acreditar que “não estamos longe”, o líder da comitiva também pensa que para tal acontecer é preciso haver “uma melhoria do que fazemos internamente”, enumerando que pode ainda ser feito. Segundo Jorge Pereira há que “tomar consciência que não somos, nem nunca fomos os melhores do mundo nesta área”, depois, tem de se “competir internacionalmente com mais frequência”, algo que não ajuda é “a falta de apoios institucionais/públicos”, que afirmou “é real, mas é transversal à maioria dos países” e por último, ainda que Portugal tenha um dos maiores eventos nacionais a nível mundial, tem um “nível qualitativo baixo e muito pouca vontade de crescer internacionalmente”. Jorge Pereira terminou afirmando que tecnicamente os nossos grupos/bailarinos são muito capazes, mas em termos de performance, intensidade, qualidade dos mixs, construção coreográfica há muito para melhorar”. Fotos página Facebook de Jorge Pereira.