Alegado financiamento ilegal: Aires nega e Bloco pede esclarecimentos

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Aires Pereira reagiu ao artigo publicado na semana passada na revista Visão, relatando um alegado envolvimento seu em esquemas de financiamento ilegal de campanhas, tendo como contrapartida o favorecimento de empresas – nomeadamente a Webrand – nos negócios da autarquia e benefícios pessoais.

Aires Pereira diz que apenas celebrou três contratos com a Webrand: “em 2010, no montante de 14 mil e 500 euros para a conceção e impressão de todo o material que foi utilizado na campanha sobre o novo tarifário da água. Em 2012, a autarquia pagou 28 mil euros para a criação e divulgação do site da Loja do Ambiente, e um no mesmo ano com uma outra empresa do mesmo grupo – a Yourprojects -, no montante de 14320 euros para o lançamento e divulgação com o site e loja digital”

O edil garante que “não houve qualquer fornecimento com as empresas em causa ou com empresas da área da comunicação” e que “insinua-se a utilização, mas no próprio artigo se vê que não existiu”.

Em conferência de imprensa, o Bloco de Esquerda, na pessoa de Victor Pinto, começou por notar que “até prova em contrário, o partido, como no caso de qualquer cidadão ou cidadã, presume a inocência do presidente da Câmara da Póvoa de Varzim”, mas fez saber:

“O BE considera altamente preocupantes as notícias que vieram a público” e “exorta o presidente da Câmara a prestar esclarecimentos e a clarificar esta questão perante os poveiros”.

Acrescentam os bloquistas que “os factos devem ser apurados e, se for provado o envolvimento do actual presidente em qualquer esquema fora da lei, não lhe restará mais nada a não ser assumir a sua responsabilidade, demitir-se do cargo que ocupa, responder pelos seus actos e cumprir o que o sistema judicial lhe determine”.