Médico acusado de assédio por oito funcionárias

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O processo disciplinar da ARS Norte instaurado a Rui Jorge Costa, coordenador da Unidade de Saúde Pública (USP) do ACeS Póvoa/V. Conde, determinou que o mesmo “praticou, de forma continuada, assédio sexual” e que “violou o dever geral de correção”, avança o JN desta terça-feira. O caso não foi no entanto participado ao Ministério Público.

As denúncias foram feitas em maio de 2016, “após anos de abuso”, cita o JN, por oito mulheres que trabalhavam sob as ordens do médico e que assim permaneceram durante ano e meio após terem exposto o caso. No relatório são mencionados piropos, apalpadelas, propostas de natureza sexual, tentativas constantes de agarrar e beijar funcionárias e até de as pôr a ver filmes pornográficos. As alegadas vítimas exercem funções que podem ir desde empregada de limpeza a médica. Quem não aceitasse os avanços do alegado agressor, dizem, era humilhada, maltratada e colocada a fazer os piores serviços, maus tratos que só terão piorado após as denúncias.

Agora, o processo disciplinar que considera Rui Costa “culpado” propõe a sua suspensão por um período de 90 dias e a cessação da comissão de serviço enquanto delegado de saúde coordenador e, por inerência, do cargo de coordenador da USP.

O médico interpôs recurso e espera por decisão.