PS junta-se a NAU na aprovação das contas da Câmara

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O Relatório e Contas da Câmara Municipal de Vila do Conde, relativo ao ano de 2017, foi segunda-feira aprovado, por maioria, na reunião do executivo vila-condense, com os vereadores da oposição do PS a juntarem-se ao voto favorável dos elementos do movimento NAU, que lidera a autarquia, deixando o vereador do PSD como o único a ‘chumbar o documento.

A presidente da autarquia vila-condense, Elisa Ferraz, considerou que Relatório e Contas aprovado, relativo ao orçamento de cerca 50 milhões de euros, espelha “o trabalho criterioso que foi feito” no ano transato.

“Fizemos um esforço para reduzir a dívida, diminuir os impostos, ter um bom grau de execução, investir em todo o concelho, e manter as nossas associações e juntas de freguesia com dotações acima da média”, considerou Elisa Ferraz.

A autarca lembrou que no seu anterior mandato, quando foi eleita pelas listas PS, “foram reduzidos 21 milhões de euros à dívida” e que, desde então, tem sido feita “uma monitorização permanente do orçamento, para que decorra como o planeado e sem surpresas”.

Já da parte do PS, que neste mandato está no executivo como oposição, o vereador António Caetano explicou os motivos para votar favoravelmente ao documento.

“Deixámos de ter funções executivas a 21 de outubro do ano passado, e, por isso, parte substancial deste documento tem que ver com um exercício onde participamos. No essencial, estamos de acordo”, disse o socialista.

Ainda assim, o líder da bancada socialista disse “ter feito alguns reparos para os quais não recebeu grande resposta”, tendo levantado a questão de uma verba de 10 milhões de euros que transitou para as contas de 2018.

“Achamos que era possível afetar parte desse saldo transitado para aliviar a carga fiscal e, dessa forma, ser um acréscimo de rendimento para aos vila-condenses”, afirmou António Caetano.

Elisa Ferraz explicou que essa verba de 10 milhões de euros refere-se a “obras orçamentadas para 2017, mas que não foram executadas e, que naturalmente, foram acauteladas para serem aplicada em 2018 para os mesmos fins”,

A questão da carga fiscal foi, por seu turno, o motivo que levou o vereador do PSD, Constantino Silva, a votar contra o documento.

“As pessoas do concelho continuam a sentir um peso enorme na carga fiscal. A presidente optou no anterior exercício por manter alguns impostos altos quando tinha margem para os baixar. As nossas orientações políticas não seriam estas. Preferia ver as pessoas e bem e Câmara Municipal não tão bem”, rematou o social-democrata.