O salão nobre da Misericórdia da Póvoa acolheu no sábado a sessão comemorativa do Dia Nacional da Luta Contra a Paramiloidose, onde foi referido que a enfermidade conhecida por “doença dos pezinhos” está controlada, no entanto há alertas a considerar.
O enfermeiro Carlos Figueiras, presidente da Associação Portuguesa de Paramiloidose, adiantou que há novos medicamentos criados nos Estados Unidos que podem ter uma eficácia a rondar os 95 por cento, acrescentando que o sucesso do fármaco Tafamidis tem controlado a doença.
Neste dia comemorativo, o alerta foi transmitido pelo médico Rui Faria, que já dirigiu o Centro de Estudos de Apoio à Paramiloidose (CEAP), ao salientar que tem havido um retrocesso no combate da doença, porque ao “reduzir para zero” o número de casos de natalidade na doença foi criada a ideia em alguns doentes de que já não são portadores da doença e isso fez disparar o número de transmissões para filhos.
Surgiram 11 novos casos de potenciais doentes, o que para o neurologista Rui Faria, porque se deveu a que esta doença foi puxada por organismos estatais para entidades que não têm vocação para o acompanhamento de proximidade. Rui Faria aconselha o regresso de algumas competências a entidades como, por exemplo, o CEAP da Santa Casa da Póvoa que já chegou a ter controlada a situação da natalidade na paramiloidose.
Para Virgílio Ferreira, provedor da Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Varzim, a instituição tem dado sempre o seu apoio aos doentes “mantendo um acordo com a Segurança Social através de um apoio domiciliário”.
Os participantes neste Dia Nacional da Luta Contra a Paramiloidose colocaram uma coroa de flores junto do busto de Corino Andrade, em frente ao hospital da Póvoa, médico e investigador que descobriu a “doença dos pezinhos”.