As eleições para a Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde estão marcadas para segunda-feira, 4 de fevereiro, no auditório da Santa Casa da Misericórdia. Há dois candidatos na corrida: Ricardo Santos, Lista A, e Joaquim Costa, Lista B
A data das eleições, a forma como elas foram convocadas e a falta de clareza quanto aos sócios elegíveis para votar. São estes os pontos de contestação de Ricardo Santos, candidato à presidência da Associação Comercial e Industrial de Vila do Conde.
Apesar da providência cautelar interposta há cerca de duas semanas, solicitando a suspensão das eleições, Ricardo Santos e a sua lista vão mesmo a votos no próximo dia 4. Na base da contestação está, alegam, a desigualdade no acesso à informação por parte dos eleitores e também o facto de cerca de 70 associados estarem impedidos de votar por causa de impedimentos administrativos pouco claros causados pela Assembleia.
“Na Assembleia Geral Ordinária, no ano passado, foi anunciado que as eleições seriam, como habitualmente, em finais do mês de março. E ficou dito que, antes disso, haveria um outro encontro prévio para se marcar a data em concreto”, explicou Ricardo Santos. “Não houve e ainda por cima as eleições ficaram para 4 de fevereiro. Marcar eleições com 10 dias de antecedência não me parece aceitável mas vamos avançar com a candidatura, lutando para ganhar. As questões jurídicas serão decididas em sede próprias, nesta fase o nosso foco é falar sobre as propostas e tentar fazer passar a nossa mensagem”.
O líder da Lista, formada por um grupo de empresários, diz que há uns sócios com as cotas em dia que não estão elegíveis para votar e, outros que sim. “Há aqui claramente uma tendência da Assembleia em não aceitar pessoas que consideram afetas a esta candidatura”, acusa Ricardo Santos.
“Nós não sabemos ao certo quais os sócios que podem votar. Não temos ideia de quem são aqueles com cotas pagas até setembro de 2018. Mas continuamos a fazer o nosso trabalho, humilde e quase porta-a-porta pelo concelho inteiro, pedindo aos associados que tentem confirmar se têm tudo em ordem”. Estes entraves administrativos não só impedem os associados “de exercerem o seu direito de voto” como vão gerando “desconfiança” numa associação que é centenária.
Ricardo Santos diz que solicitou à Assembleia e à Direção, da qual Joaquim Costa faz parte, o acesso às listagens, mas não obteve resposta.