Em conjunto com as escolas secundárias, também algumas creches reabriram no passado dia 18 de maio, segunda-feira, para receber os mais novos. Este foi o caso das creches inseridas na instituição Beneficente que, num total de 96 crianças, só 11 é que regressaram esta semana, sendo que a grande maioria continua a ficar por casa.
Os dados são disponibilizados por Rui Quintas, presidente da Beneficente. Este explica ainda que a falta de comparência se deve à possibilidade de os pais ficarem com as crianças, dado que o Estado manteve o apoio financeiro até ao final do mês, e por isso os pais optam por ficar em casa com os filhos. Para além disto, o receio em relação à Covid é também um fator preponderante na permissão do regresso dos mais novos.
“Enquanto as puder proteger, vou fazê-lo”
Raquel Geraldes é mãe de duas meninas que frequentam a creche Nossa Senhora da Conceição, a mais nova com 1 ano, e o Jardim de Infância Santo António, a mais velha, de 4. Raquel optou por não as levar no dia 18 por ter possibilidade que as filhas fiquem em casa mais tempo: “Até ao final deste mês, tanto eu como o meu marido ainda estamos em teletrabalho, por isso elas ficarão connosco este período”. Explica que se trata de proteção parental: “Enquanto me for possível resguardá-las do contacto com outras crianças, eu fá-lo-ei por uma perspetiva protecionista de mãe, unicamente”.
Raquel não coloca em causa os equipamentos frequentados pelas filhas, afirmando que tem “absoluta confiança neles”: “Enquanto as puder proteger um bocadinho, vou fazê-lo. Mas assim que deixar de ser possível, elas irão para a creche e eu ficarei totalmente sossegada”, acrescentando “eu acredito que ambos os equipamentos, tanto a creche como o infantário, estão a adotar as medidas e a zelar pela nossa maior preocupação, que é que as crianças consigam ter carinho e ter um colo no momento que regressarem, depois de um período tão grande com os pais em casa. Ficarei sossegada no momento em que as deixar”.
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