A DGS aceita que pescadores sem covid façam quarentena a trabalhar com isolamento específico

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Vai ser possível que os pescadores com teste negativo à covid-19 possam continuar a trabalhar nas respetivas embarcações, mesmo que tenham tido contacto com outros tripulantes infetados. No entanto, os pescadores têm que fazer um período de isolamento no mar ou em terra, afastados dos familiares durante 14 dias, informou na quinta a DGS.

A decisão foi comunicada a todas as associações representantes dos pescadores que operam no Porto de Leixões, e onde trabalham muitos tripulantes que moram nas Caxinas, Vila do Conde.

A Direção Geral de Saúde entendeu ser viável esta possibilidade, dado que o modelo até aqui em vigor, que obriga a que toda a tripulação de uma embarcação tenha de ficar em isolamento caso haja um caso de infeção a bordo, acarretava “uma grave repercussão económica no setor e no abastecimento de pescado aos mercados”.

O comunicado explica que desta forma pretende-se que “o impacto na atividade deste sector, sem negligenciar o controlo da doença, será permitido que uma tripulação obrigada a isolamento profilático durante 14 dias o possa fazer num regime de isolamento de corte, sem interrupção da faina”, além de referir o “aumento no período de apoio aos pescadores e armadores por paragens que resultem de obrigação estabelecida pelas autoridades de saúde”.

Com estas medidas as autoridades pretendem que sejam salvaguardadas “a saúde dos pescadores e a subsistência económica do setor das pescas”.

Esta situações surgiram após 10 pescadores da comunidade local de Póvoa de Varzim e Vila do Conde terem testado positivo à doença da covid-19, e que obrigou a que outros 90 colegas de profissão estejam em confinamento e os 5 barcos

Foto arquivo