O reforço social e a proximidade com a população de Amorim têm sido preocupações de Carlos Maçães, presidente da Junta da união de freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso. O próprio em entrevista ao MAIS/Semanário explicou que nunca deixou de “estar lado a lado das pessoas”. Como tem reagido a população de Amorim à adversidade da pandemia? A população de Amorim, resiliente como é conhecida, apesar de todas as adversidades e condicionamentos que esta pandemia impõe, tem reagido positivamente uma vez que se tem verificado o cumprimento de todas as regras e imposições (nos espaços comerciais, associações, na via pública) que têm sido colocados ao longo desta nova fase que vivemos a nível nacional.
Este segundo confinamento vai obrigar a Junta de Freguesia a ter ainda uma maior atenção na ajuda aos habitantes de Amorim?
A Junta de Freguesia tem tido, como sempre o fez, uma política de proximidade com toda a população de Amorim, efetuando toda o apoio necessário a quem nos solicita, nomeadamente na
ajuda nas compras, ou seja, a junta de freguesia disponibiliza-se para ir efetuar as compras e entrega-as porta a porta. Apoiamos as pessoas com mobilidade condicionada, existe o serviço de passar em casa dessas mesmas pessoas e levar o lixo à rua. Também se efetua eventualmente alguma reparação doméstica pontual e que seja necessária na hora.
Tem a Junta de Freguesia sido contactada para apoiar os amorinenses?
Por vezes apenas efetua-se a visita a casa das pessoas para verificação se está tudo bem e a transmitir a mensagem que alguém deste lado se preocupa, o que acho extremamente importante existir este tipo de contacto, sendo efetivamente serviço público à população.
Além do referido, desde que tomei posse na agregação de freguesias todos os serviços prestados na freguesia de Amorim tiveram um aumento exponencial nomeadamente na resolução dos assuntos sociais, no Gabinete Ação Social, dos assuntos contabilísticos, no Gabinete de Apoio Contabilístico, nos temas que são assuntos relacionados com o emprego, no Gabinete de Inserção Social (GIP), nos aspetos burocráticos, quando possível, são resolvidos na secretaria da Junta de Freguesia. Temos ainda disponível um Gabinete de Psicologia, em que todas as consultas aos utentes são gratuitas, e que abrange todas as faixas etárias.
Prestamos, igualmente, todo o apoio necessário às vítimas, uma vez que temos a valência de apoio à vítima de violência doméstica desde o ano de 2006, com todo o sigilo e descrição necessários para a resolução desta problemática que tanto assola a sociedade civil.
Estes e outros serviços são comuns às freguesias de Amorim, Aver-o-Mar e Terroso, bem como a todo o concelho.
As festas religiosas e os convívios associativos deixaram de se realizar. Como sentiram os habitantes de Amorim estas situações? Foram momentos de tristeza na freguesia?
Infelizmente, o facto de ter havido lugar ao cancelamento de todas as festas religiosas bem como convívios associativos, tem criado uma certa ansiedade generalizada na população e até tristeza, devido á envolvência que essas celebrações traziam… no reencontro de amigos e familiares (nas festas religiosas, maioritariamente no Verão), bem como nas associações desportivas o facto de não haver qualquer atividade desportiva ou eventos associados à prática, desde março de 2020.
E assim pode-se afirmar que tanto dirigentes assim como atletas sintam-se frustrados e de alguma forma agastados com as referidas limitações.
E nesse aspeto, tenho de ter um papel preponderante e daí ter o cuidado de informar todos os envolvidos (associações religiosas/desportivas) que apesar dos novos tempos, haverá a curto/médio prazo uma solução e essa mesma fará com que as coisas voltem ao “normal” e assim podermos olhar para trás e lembrar que toda esta nova realidade será apenas, uma lembrança do passado.
Mas, independentemente da atual situação, a Junta de Freguesia nunca virou as costas a nenhuma coletividade desportiva/religiosa, mantendo os subsídios que recebiam e até houve lugar um reforço do mesmo, de forma a que se possa ultrapassar esta fase com outro ânimo, porque as despesas correntes (fixas) mensais mantiveram-se e eu como Presidente de Junta de Freguesia e como cidadão sei o quanto a vida custa, dai estar lado a lado com eles.
Sente que a população de Amorim está preparada para ser vacinada?
Relativamente à questão colocada sobre vacina, permita-me dizer que, assim como todo o país, a população de Amorim aguarda com bastante expectativa e esperança a chegada da mesma.
Que o processo de vacinação chegue a todos e que nos conduza a um novo horizonte e possamos voltar à “vida normal” que todos nós estávamos habituados.
E sobre essa matéria quero aqui apelar à paciência de todos e à confiança nas nossas autoridades e Governo, uma vez que o processo de vacinação não será de imediato e não chegará a todos e ao mesmo tempo, mas julgo que é a luz ao fundo do túnel que Portugal, Europa e o Mundo há muito anseia…
Muito se fala sobre a desagregação das freguesias. Sendo presidente de uma união de três freguesias (Aver-o-Mar, Amorim e Terroso), qual a sua opinião sobre a atual união e se deveria haver ou não uma desagregação? O que sente da população sobre esta situação?
Sobre a matéria da desagregação das freguesias, quem lhe saberá responder a essa questão será a população que tem sempre o assunto nas mãos. O que lhe posso adiantar, é que todo o meu trabalho executado aquando da agregação das Freguesias de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso foi sempre em prol e benefício da população e sempre pelo seu melhor.
Por último, quero aqui deixar a minha nota de que, sem o apoio imprescindível do Município e a excelente relação que a ambas as entidades mantêm ao longo destes anos, não seria possível concretizar todas os investimentos e intervenções que efetuamos e pretendemos efetuar.