Aproxima-se mais um aniversário da nossa freguesia, Argivai. Relembro que esta data de 26 de março de 953 é relativa ao mais antigo documento escrito que se conhece revelando importantes aspetos sobre Argivai.
Um imenso orgulho fazer parte dos ramos desta árvore cujas raízes fortes me prendem a esta terra.
Ouvindo Hans Zimmer escrevo este artigo, e reflicto sobre o quão depressa o tempo passa e nos deixa no rosto as marcas que nos descrevem as alegrias e os dissabores, tão próprias da vida. Ainda que seja fortíssima a necessidade de organizar o tempo, de o compartimentar, de o regular em horas, anos e minutos, em séculos, épocas, segundos e compassos, ele tudo ignora e segue apressado.
E Argivai? Argivai está sempre aqui com a sua génese inabalábel. Ainda que eu seja passageira sou, também, parte integrante destes fios tecidos de História e de histórias, em terras argivaienses.
Em passo apressado caminhamos para mais um dia 26 de março. Entre as iniciativas preparadas para a comemoração deste ano, há uma em particular que não posso deixar de destacar: O Teatro de Rua/Arruada cujos criadores fomos eu e o Duarte Nuno Braz, com apoio da União de Juntas de Freguesia da Póvoa de Varzim, Beiriz e Argivai, e com a entrega inequívoca de toda a comunidade de Argivai, sem a qual seria impossível levar avante esta maravilhosa aventura! Mais de 75 participantes de todas as idades! Tal manifestação só mostra o quão esta comunidade ama a sua terra, o quão entende que só trabalhando em conjunto numa ajuda mútua e fraterna se pode alcançar sonhos que nos deixam a todos muitíssimo orgulhosos.
Numa freguesia que está a ficar fortemente urbanizada, permanecem, espero eu, por muitos anos as raízes fortes da terra mãe.
“Quando as raízes são profundas não há razão para temer o vento” Provérbio chinês.
Sofia de Azevedo Teixeira