Autarcas protestam fecho de balcão da Caixa Geral

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Maioria PSD e oposição PS aprovaram voto de protesto contra encerramento da Caixa Geral de Depósitos de Aver-o-Mar, que faz com que passe a haver apenas uma agência na Póvoa de Varzim, no centro da cidade. A Caixa tem sido o banco preferencial da Câmara mas isso poderá mudar, avisa Aires Pereira

A Caixa Geral de Depósitos de Aver-o-Mar fechou a 30 de junho, deixando a Póvoa de Varzim com apenas uma âgencia afeta a este banco público, na Praça do Almada. Na reunião de Câmara de terça-feira, esse foi o ponto de destaque da ordem de trabalhos, levando o executivo a aprovar unanimemente um voto de protesto, que será encaminhado ao Governo e à administração da CGD. Esse protesto, assinalado por PSD e PS de forma “veemente”, lê-se assim:

«O banco de todos os cidadãos portugueses virou as costas aos 10 mil habitantes daquela vila e, muito em especial, ao numeroso grupo de idosos daquela e das freguesias vizinhas, que ali tinham as contas através das quais mensalmente recebiam a sua reforma. Além de significar, de um modo ostensivo, o abandono pelo Estado de um segmento significativo da população […]. Acresce ainda, pode ler-se, que este encerramento «irá prejudicar o já de si mau atendimento da agência da Praça do Almada, continuamente saturada e com um serviço de atendimento deficitário».

No final da sessão, o presidente da Câmara falou aos jornalistas para reforçar estes argumentos e para deixar um aviso: “Vamos ver o que a administração da CGD nos diz porque poderemos ser obrigados a tomar outras medidas. A Caixa é o principal banco com o qual a Câmara trabalha e posso ser obrigado a tomar uma diligência mais contundente se nada for feito”. De resto, Aires Pereira não tem dúvidas que “basta a vontade da administração para que esta situação seja resolvida”.

Do lado do PS, Miguel Fernandes concordou que o fecho de balcões de um banco público “é muito prejudicial” e este particularmente deixa a população de Aver-o-Mar “sem uma agência que prestava um serviço muito importante”. “Esta centralização obriga a que as pessoas sejam obrigadas a ir à Praça do Almada. Os clientes mais idosos precisam de tratar de situações como as reformas, sendo que muitos dessas pessoas têm problemas de mobilidade e maior dificuldade em aceder às plataformas online”, sublinhou.