Paulo Lopes, camionista da Póvoa de Varzim, falou com o MAIS/Semanário para denunciar a passividade nas fronteiras, que, diz, coloca em risco a saúde destes profissionais e suas famílias. Entrou e voltou de Itália, atual epicentro do Covid-19, sem qualquer observação ou triagem.
O poveiro de 39 anos faz viagens frequentes àquele país, de onde, de resto, regressou no sábado. “A situação lá é muito preocupante e o governo deveria prestar mais atenção à classe dos motoristas porque nós somos uma bola de neve e podemos ser foco de contaminação. A minha família está muito preocupada pelo facto de eu ter de fazer Itália no meu trajeto. Não me foi feito qualquer tipo de teste. Quando entrei e saí não houve qualquer controlo na fronteira”, denunciou.
O motorista de transporte de mercadorias alerta que “todos os dias há milhares de camionistas portugueses a entrarem e saírem de Itália”.