Nos próximos dois anos, os cofres do Varzim podem receber o total de 4,2 milhões de euros. Os dados foram avançados na noite de quinta-feira, na última reunião de esclarecimento promovida pela Direção do Varzim e que levou até ao Auditório Municipal da Póvoa cerca de 200 associados do clube. A sessão contou com a presença de Ulisses Jorge, representante da empresa Universal Sports, que pretende investir na futura SAD do Varzim, caso a mesma mereça a aprovação de 66,66% dos sócios.
Ainda sem data marcada, mas que deverá ocorrer ainda durante o mês de dezembro, e também após uma reunião do Conselho Varzinista, os sócios irão debater e decidir os números que foram apresentados para este negócio, que poderá refletir a passagem de Varzim SDUQ para Varzim SAD.
Os valores do investimento são os seguintes: Numa primeira fase e até junho de 2026, o Varzim Clube fica com 41% de ações da SAD, que está avaliada em 8 milhões de euros. A Universal Sports ficará com 47%, Edgar Pinho, presidente da Direção do Varzim com 10%, relativo à conversão da dívida que o clube tem com o líder varzinista. Os restantes dois por cento serão divididos em igualdade por 2 administradores (a indicar pelo investidor e outro pelo Varzim).
Depois, a partir de 2026, o Varzim Clube fica com 35%, enquanto a Universal Sports passará a deter 53%, mantendo-se a restante distribuição de ações e percentagem igual. Em valores, a entrada dos 4,2 milhões de euros será concretizada da seguinte forma:
O Varzim já recebeu por conta e até ao final deste ano 600 mil euros. Sendo aprovada a SAD, entrará nos 6 primeiros meses de 2024 mais 100 mil euros/mês. O investidor colocará no Varzim mais 1 milhão após 90 dias da constituição da SAD, mais 1 milhão após um ano da constituição da SAD, e o último milhão após dois anos da constituição da SAD, sendo que esta última verba está condicionada às obras da construção da academia. Caso daqui a dois anos, a obra da academia não tenha começado, o valor só será pago quando a edificação do complexo começar.
A Direção do Varzim esclareceu os associados, que na eventualidade de o negócio não ser aprovado em Assembleia Geral (terá que ter o mínimo de 66,66% de votos favoráveis), o memorando de entendimento prevê que os 600 mil euros já recebidos este ano, sejam devolvidos através da cedência do crédito que o Varzim tem sobre o Vitória de Guimarães, relativo à venda dos direitos de Zé Carlos (400 mil euros a receber do Vitória no 1º semestre) e o restante em prestações mensais com inicio em setembro de 2024.
Aos sócios do Varzim, Ulisses Jorge disse que “sou uma pessoa extremamente apaixonada pelo futebol” e revelou “que o interesse em investir no Varzim já começou há algum tempo”. O agente de futebol, confessou que estará na Póvoa de Varzim e no Varzim “para respeitar a história do clube”.