Diagnóstico Precoce: Uma Etapa Fundamental na Doença de Alzheimer – Opinião de Marisa Rosa

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O diagnóstico precoce envolve a identificação de uma doença numa fase inicial, antes dos sintomas serem evidentes e do agravamento ser significativo.

De maneira sucinta, a Doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta o cérebro, causando um declínio gradual de algumas funções cognitivas. Particularmente, inicialmente surgem dificuldades de memória, que progridem para dificuldades de orientação temporal e espacial, até alterações de humor, que originam uma alteração da funcionalidade nas atividades básicas e instrumentais de vida diária. Assim, os sujeitos tornam-se cada vez mais dependentes no dia-a-dia, menos autónomos.

O diagnóstico desta doença é feito com base numa avaliação médica, em exames neuropsicológicos, em exames de imagem cerebral, em biomarcadores e, por vezes, em testes genéticos.

Atualmente, não há cura para a Doença de Alzheimer; desta forma, o diagnóstico precoce é uma ferramenta importante para pacientes, cuidadores e profissionais de saúde, que objetiva promover um melhor prognóstico, retardar a progressão da doença (diminuir a velocidade do declínio cognitivo) e prolongar a qualidade de vida e a autonomia dos pacientes.

A intervenção precoce pode ser realizada de forma direta e indireta. A abordagem direta envolve o atendimento clínico por equipas multidisciplinares, o tratamento adequado de vários fatores de risco (como diabetes, colesterol, etc.) e a implementação de medidas preventivas para evitar o agravamento (através da reabilitação neuropsicológica). Por outro lado, a abordagem indireta se concentra em apoiar os cuidadores, preparando-os melhor para o futuro; isso é feito através do esclarecimento de dúvidas e da promoção de uma compreensão mais profunda sobre a doença, capacitando-os a fornecer o melhor suporte possível.

Artigo escrito por Marisa Rosa, Neuropsicóloga e amiga da Associação De Solidariedade Social de Santa Cristina de Malta (SANCRIS)