A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) determinou que “estão reunidas as condições” para a emissão das licenças de exploração que faltam ao aterro sanitário de Paradela, instalado junto às freguesias poveiras de Rates e Laúndos.
Numa resposta enviada à agência Lusa, a CCDR-N que as licenças devem incluir a criação de uma barreira cénica e a implantação de uma cortina arbórea no extremo sul da instalação. Estas condições ou medidas devem ser concretizadas no prazo máximo de dois meses.
A nota indica ainda que é necessária, igualmente até daqui a dois meses, a apresentação dos resultados do ‘Estudo de avaliação de medidas adicionais de mitigação da emissão de odores’. Deve ser referido detalhadamente o planeamento das novas medidas a implementar.
A CCDR-N explica que em causa estão as licenças da Unidade de Tratamento Mecânico e Biológico (UTMB) e da Central de Triagem Automatizada (CTA).
Ainda segundo a nota enviada à Lusa, a 4 de janeiro foi efetuada uma nova vistoria ao aterro, onde foi verificada “a conformidade das instalações com as normas legais e regulamentares aplicáveis, com as condições estabelecidas na decisão de autorização do projeto e com as explanadas na licença ambiental”, bem como com as medidas impostas na primeira vistoria, feita em março de 2022.
Lembre-se que a CCDR-N tinha dado um prazo de 180 à Resulima, que gere o equipamento, para a implementação de medidas que controlassem e minimizassem o mau cheiro sentido pelas populações vizinhas.
O aterro da Resulima em Paradela foi inaugurado no início de 2022 e desde aí tem sido alvo de queixas e protestos por parte dos moradores de Rates e Laúndos devido ao mau cheiro. A Câmara Municipal da Póvoa de Varzim já anunciou que vai avançar com uma ação judicial contra o aterro que visa, se possível, suspender o funcionamento do equipamento.