Estela Golf procede à limpeza da praia lembrando que proteção dunar foi “autorizada pelas entidades competentes”

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Os responsáveis do Estela Golf e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) reuniram na quarta-feira para resolverem o problema dos sacos plásticos de proteção dunar espalhados pelo areal junto ao campo de golfe. Além do foco de poluição, também foi denunciada pelo partido PAN “a quantidade considerável de pregos”.

Na sequência da reunião, Jorge Quintas, presidente do grupo que gere o Estela Golf, explicou ao MAIS/Semanário as diligências tomadas: “Acedemos à solicitação da APA para fazermos uma limpeza da praia e das ráfias que estão soltas, e já procedemos a esses trabalhos”, começou por dizer, ressalvando:

“Essa estrutura de proteção das dunas foi autorizada pelas entidades competentes, e contruída como a solução que preconizaram. O Estela Golf nada faz sem autorização, e a costa marítima tem sido intervencionada, com diversas soluções, desde 2014. A instalação de protecão é autorizada e vigiada pelas autoridades. Ao Estela coube apenas pagar a mesma. Não é da nossa responsabilidade a sua destruição nem nos compete recuperá-la”.

Sem sacos “o mais certo é o mar ir parar nos terrenos agrícolas”
O trabalho que está agora a ser feito “é voluntário” porque “também achamos que é necessário limpar a praia”, sublinha Jorge Quintas. “Aliás, só nos foi solicitada a limpeza da mesma e não a remoção dos sacos que ainda resistem, que não é da nossa responsabilidade”, lembra, concluindo com um alerta: “Se tirarem os sacos que ainda resistem o mais certo é o mar ir parar nos terrenos agrícolas”.

Na segunda-feira, o Estela Golf confirmou ao MAIS/Semanário ter recebido uma comunicação das autoridades ambientais, na forma de um “e-mail não vinculativo”, mostrando-se “surpreendido que só agora este assunto dos sacos de ráfia na praia esteja a ser levantado”, lembrando que “esta proteção dunar existe na costa da Estela há mais de 3 anos”.