A AGROS, empresa de recolha, transporte e comercialização de leite com sede em Argivai, viu o negócio desvalorizar de forma considerável no último mês e meio. O estado de emergência levou ao fecho do canal de escoamento, bem como de estabelecimentos e cantinas, e isso provocou um queda da procura. O stock em excesso foi distribuído por instituições de solidariedade social
A produção de leite na região não sofreu grandes ou nenhumas alterações devido ao estado de emergência. O que mudou foi a impossibilidade de fazer chegar este alimento aos estabelecimentos e habitações das pessoas. “Com o encerramento quase total do canal HORECA (hotelaria, restauração e cafetaria) deixámos de conseguir escoar os produtos em stock que já tínhamos embalados para esses estabelecimentos”, explica José Capela, presidente da AGROS.
“No início do estado de emergência, as pessoas estavam com receio de que os bens se esgotassem e as vendas foram razoáveis. Mas rapidamente isso passou e verificou-se até alguma retração”. Ora, isto teve efeitos, principalmente nos derivados do leite como manteiga, queijo ou leite em pó. “Houve uma descida brutal em termos da procura e da valorização”, fez saber o dirigente.
A reabertura deste canal será feita progressivamente, à medida que o comércio recupere um semblante mínimo de normalidade. Quantos aos bens sem colocação, estes acabaram por ser oferecidos, sobretudo a instituições de solidariedade social, explicou o dirigente máximo da AGROS.