A Polícia Marítima (PM) vai contar com a ajuda de fuzileiros na vigilância das praias durante a próxima época balnear, que este ano vai ter uma série de restrições devido à pandemia da Covid-19, e que durante este mês serão anunciadas.
A presença dos militares nas praias foi anunciada pelo almirante Mendes Calado, Chefe do Estado-Maior da Armada, durante uma audição na Comissão de Defesa Nacional, no Parlamento, que decorreu a meio da semana.
Na altura, o almirante Mendes Calado disse que a Marinha está em contacto com as autarquias para preparar um ano balnear especial e na qual a Polícia Marítima vai privilegiar “ações de autoridade de prevenção e segurança” juntamente com cerca de 150 fuzileiros que serão chamados a ajudar e que estarão preparados “com capacidade de salvamento”.
No entanto, de acordo com o almirante “não haverá fuzileiros a exercer função de coação policial” em resposta a perguntas de alguns deputados. Para o chefe da Marinha serão cerca de 500 os elementos da Polícia Marítima durante o verão para além dos fuzileiros.
Sobre as medidas restritivas nas praias, Mendes Calado remeteu-as para mais tarde, mas disse que “colocar torniquetes não parece muito viável”, esperando que os portugueses irão “respeitar o que vai ser aconselhado, porque está em risco a sua segurança e têm que se proteger a si próprios”.
Refira-se que a presença de fuzileiros nas praias foi uma solução adiantada pelo presidente da Câmara da Póvoa de Varzim, Aires Pereira, a 18 de abril último, quando referiu a possível utilização deste recurso militar. Leia a noticia desse dia. https://maissemanario.pt/praias-da-povoa-com-restricoes-aires-pereira-admite-mais-fiscalizacao-e-que-concessionarios-podem-perder-receitas/