No Diário da República desta sexta-feira, os gabinetes da Ministra do Mar e do Secretário de Estado do Orçamento autorizaram a DGRM (Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos) “a assumir o encargo plurianual relativo ao contrato de Empreitada de Dragagens de Manutenção na Barra do Rio Ave, até ao montante global de 485 mil euros”, mais IVA.
Pode ler-se na portaria o propósito da empreitada é “proporcionar às embarcações de pesca artesanal que operam na zona piscatória de Vila do Conde [distrito do Porto], condições de abrigo em relação à agitação marítima durante a navegação de aproximação e largada para a pesca” e “reforçar as condições de segurança do exercício da pesca no seio de uma comunidade que vive exclusivamente dessa atividade”. E completa:
A dragagem da entrada da barra do Rio Ave “incrementará não só as condições de segurança globais associadas à faina, mas também reduzirá para cerca de metade o número de dias em que a população piscatória se vê privada de exercer a sua atividade profissional em virtude de condições de mar adversas”.
Boa notícia mas falta solução permanente, diz a Câmara
A Câmara respondeu pouco depois, em comunicado, dizendo que se trata de “mais uma boa notícia para Vila do Conde, e em particular para a comunidade piscatória, uma vez que visa preservar a segurança dos nossos pescadores e de todos aqueles que desenvolvem atividade fluvial no estuário do Ave, seja a partir dos estaleiros navais, seja no desenvolvimento de atividades náuticas ou desportivas”.
Embora o problema do assoreamento necessite de uma solução mais permanente, notam, a autarquia “manifesta a sua satisfação pela decisão governamental de mais uma dragagem, que surge no seguimento das várias diligências desenvolvidas pela presidente da Câmara, que tem frequentemente pressionado as entidades competentes no sentido da resolução deste problema”.