O ‘Vila do Conde Animal Save’ anunciou esta quinta-feira através do Facebook, a realização de um protesto anti touradas para o próximo domingo, 17 de julho, a partir das 15h, em frente à Câmara Municipal, para saudar a decisão da autarquia.
Com este encontro, uma semana antes da data prevista para a realização da corrida de toiros em Ferreiró, o grupo de ativistas, defensor dos direitos dos animais, afirma que fará esta concentração “por vontade dos vilacondenses e portugueses em geral, vamos protestar contra este ato bárbaro que é a tourada”.
O Grupo sublinha que “temos recebido muitos contatos da população indignados com a possível realização da corrida de touros do dia 23”, e faz um apelo a que “a população possa expressar a sua vontade em acabar com as touradas no nosso concelho, com cartazes e faixas com mensagens anti touradas”.
Indeferimento foi uma questão “técnica”
Segundo o JN Online, “o pedido de licenciamento foi indeferido por Vítor Costa na passada segunda-feira com o parecer negativo dos serviços jurídicos, da Divisão de Trânsito e da Proteção Civil”, que segundo a publicação foi “instruído de forma inadequada, violando normas e regulamentos municipais. Trânsito e Proteção Civil dizem que o local levanta problemas de circulação, estacionamento e acesso para viaturas de emergência” e, no local, haverá trabalhos de pavimentação, que estavam previstos há mais de um mês, e que irão obrigar ao corte de trânsito”.
Organizadores da tourada interpõe ação judicial contra Câmara Municipal
Recorde-se que no dia de quarta-feira, a Associação ‘Juntos Pelo Mundo Rural’ interpôs uma ação judicial contra o Município de Vila do Conde, pela não autorização por parte da Câmara Municipal da corrida de touros marcada para dia 23 de julho, na freguesia de Ferreiró.
Na altura, o presidente da associação afirmou que “repudiamos toda a conduta da Câmara Municipal de Vila do Conde sobre o pedido de licenciamento para este espetáculo tauromáquico” e que “a autarquia está a ir acima da lei”. Segundo Luís Gusmão, a tauromaquia está “devidamente protegida na Constituição Portuguesa” e “não existem exceções na lei”.
A ação judicial servirá, disse, para “defender o bom nome da tauromaquia”, visto que “cumprimos com todos os requisitos legais”.
“A praça cumpre com todos os requisitos, está devidamente licenciada, tem toda a documentação necessária para realizar este tipo de espetáculos”. Para o dirigente associativo, a recusa do Município é uma “decisão política”. “É tão política que o sr. presidente de Câmara decidiu fazer uma obra em frente à praça de toiros neste momento, numa estrada municipal que estava ótima, não carecia de nenhuma intervenção”, defendeu, considerando esta uma atitude de “má fé, maldade, mesmo para criar embaraço para a não realização de uma corrida de toiros em Vila do Conde”.
Os bilhetes para a corrida de toiros continuam à venda e de acordo com os organizadores da Tourada “haverá casa cheia”, para uma praça amovível com capacidade para 1920 espetadores.
Foto página Facebook ‘Vila do Conde Animal Save’