No próximo dia 28 de março, realizam-se as eleições para os órgãos socais da Cooperativa Agrícola da Póvoa de Varzim, às quais se apresenta uma única lista de José Campos, atual presidente do Conselho de Administração. O líder tem como objetivo nos próximos quatro anos “ajudar a solucionar os compromissos da agricultura de hoje”.
Após um mandato de quatro anos, o que o motivou a recandidatar-se?Sinto que após 8 anos na liderança do Conselho de Administração da Cooperativa da Póvoa e após abordagem do assunto aos meus colegas de administração, temos condições e a obrigação de fazer este último mandato. O trabalho realizado e o espírito de grupo da equipa permitem pensar que seguindo a mesma linha de orientação deixemos a cooperativa daqui a quatro anos com trabalho realizado e boas condições estruturais para o futuro.
Vai manter a mesma linha de trabalho dos últimos anos?Há quatro anos o nosso grande desafio era a sustentabilidade da agricultura, principalmente do setor leiteiro que passava um período muito difícil com a estagnação do preço do leite. Neste mandato tivemos de tudo, preço do leite muito baixo, uma pandemia que dificultou a vida normal da cooperativa e a aquisição de fatores de produção, a guerra da Rússia na Ucrânia com a subida vertiginosa dos preços das matérias-primas do gás, da eletricidade, dos combustíveis e dos fertilizantes e também problemas com a seca acompanhadas por uma perda de ajudas á produção.
Hoje temos a agricultura de precisão, com tratores e máquinas agrícolas guiadas por GPS, ordenhas robotizadas, alimentadores automáticos de aleitamento dos vitelos, sistemas de leitura das necessidades de água no solo, sistemas de rega muito eficientes e deparamo-nos com objetivos de redução de CO2 para a atmosfera nomeadamente redução de metano, redução drástica do uso de agroquímicos nas culturas, redução drástica do uso de antibióticos nos animais pondo em causa a saúde e o bem estar dos animais em muitas situações, obrigações de bem estar animal em algumas situações exageradas nos estábulos dos animais e exagero burocrático em todos os processos de preenchimento obrigatório para poder ter acesso às necessárias ajudas comunitárias. Portanto o nosso objetivo é ajudar a solucionar todos estes compromissos da agricultura moderna de hoje.
Que mensagem deixa aos associados e aos poveiros?A Cooperativa e a seriedade das pessoas que a compõem corpos sociais, funcionários e colaboradores, merece que os seus associados manifestem o seu direito de voto no dia 28, dando valor ao ato e demonstrando confiança nas pessoas que se recandidatam. Estou convencido que tanto os associados da cooperativa, como os poveiros reconhecem a cooperativa como uma instituição de enorme importância de apoio à agricultura e de enorme valor para o concelho. A cooperativa teve em 2023 uma faturação superior a 36 milhões de euros dos quais 12 milhões foram da venda de fatores de produção e para além do negócio, presta apoio sanitário a 22000 animais ruminantes, dá formação profissional, dá apoio técnico nos balcões e no campo, dá apoio burocrático no balcão Confagri de preenchimento das candidaturas às ajudas entre muitos mais pequenos e grandes serviços.
O melhor elogio daqui a quatro anos será o vosso reconhecimento pelo legado deixado.