A obra vencedora do prémio Literário da Fundação Dr. Luís Rainha, do Correntes d’ Escritas 2024, “Porque da Neblina não Caem Lágrimas”, de Gisela Silva foi lançada no final do mês de junho na sede da fundação.
Gisela Silva transmitiu ao MAIS/Semanário, a sensação que tinha depois de ter lançado o livro é “um livro quando é lançado, ele deixa de pertencer a quem o escreveu e passa por um determinado escrutínio. O público leitor vai dizer se gosta, se não gosta, se se identifica ou não com a voz literária”, afirmou a escritora, que não se considera de renome, a pesar de “este livre já é o 13º, não que eu seja uma escritora de renome, mas julgo que vai agradar a quem o queira ler”.
A autora deste livro que tem a Póvoa como principal personagem, carateriza este último livro com “uma linha semântica que vai desde a praia, às datas comemorativas, como o Eça de Queirós, à Praça do Almada, passa pelos palacetes abandonados, referindo um pouco tudo o que aconteceu neste Póvoa nos anos 70 e 80, que foi assim esta urbanização desenfreada”, conta. Entretanto, Gisela Silva explica que essas casas “desapareceram assim como os palacetes e é a evolução dos tempos”. A escritora, que também é professora bibliotecária na Escola de Beiriz, diz ter sido “adotada pela Póvoa, eu sou uma filha adotada mesmo da Póvoa, vim para cá viver há muitos anos”, acrescentou.
O carinho que nutre pela cidade faz Gisela Silva escreveu sobre a mesma, mas não só, “em primeiro lugar, foi sobretudo como tenho vindo a ser acarinhada pela Póvoa. Agradeço à Câmara e ao Dr. Luís Diamantino, um amigo, por saberem olhar e ver como é que a minha escrita ia evoluindo”. A escritora explicou que agora já tem um grupo de amigos, que também a adotaram “e foi isso que me fez escrever sobre o mar, sobre toda a dinâmica que a Póvoa tem e que está em franco crescimento”, concluiu.
“Porque da Neblina não Caem Lágrimas”, pode ser adquirido no restaurante/livraria Theatro e na Papelaria Locus.