O novo executivo da Junta de Freguesia de Aver-o-Mar, Amorim e Terroso, liderado por Carlos Maçães, da lista independente Força da União das três freguesias, foi aprovado na noite de quinta-feira, com 7 votos a favor (6 deputados da UAAT e 1 do Chega) e 6 votos brancos (PS).
Na constituição da Mesa da Assembleia de Freguesia, Joaquim Vianez foi eleito como presidente deste órgão, com sete votos, seis da UAAT e um do Chega, mas os 6 socialistas votaram contra a lista apresentada pelo movimento político do líder Carlos Maçães.
Para Carlos Maçães, presidente da junta, esta atitude dos socialistas “só demonstra que o PS não vai querer trabalhar com esta assembleia, até porque deve ser o órgão que deve trabalhar com todos e com o PS não ser fácil trabalhar o que já imaginávamos. Estão a trabalhar pelo partido e não pelas freguesias e isso vai ser uma desgraça”.
Sobre um entendimento com o Chega para viabilizar a junta, Maçães explicou que “não há rigorosamente nada e vamos trabalhar em equipa e trabalhar. Aquilo que andaram a dizer que ia ser difícil em governar, isso não veio acontecer”.
E acrescentou: “Tudo foi possível com grande sentido de democracia e eles (Chega) disseram que estamos cá para ajudar e não complicar. O Chega disse também que estava do nosso lado e o Paulo Pires aceitou ser secretário na mesa da assembleia.
“Façamos todos um bom mandato”
Por sua vez, Paulo Pires, deputado eleito pelo Chega, assegurou que “não há acordo nenhum, o que acho é que quem vence deve fazer o executivo e só entrei para a mesa da assembleia para haver mais representatividade. Agora esperamos que tudo corra bem e que façamos todos um bom mandato e é com isso que a freguesia ganha”.
Sobre se apresentou condições para apoiar Carlos Maçães, disse que “ainda vamos conversar e ainda estamos a começar e esperamos ter boas propostas para apresentar”. Quanto à tão falada desunião das freguesias, o novo autarca referiu que “as populações estão apostadas na desagregação e ainda estamos longe e se for isso que querem não tenho problema nenhum em dar o sim para a desagregação”.
“O executivo tirou da cartola ao se encostarem ao Chega, que poderia fazer a diferença”
Já Joaquim Vilar, do PS, afirmou que “já era de esperar um acordo do Chega com a Força da União, mas desde a primeira hora dissemos que não íamos colocar entraves. Estamos aqui para colaborar e trabalhar e respeitar a vontade do povo que foi soberano com o PS em Amorim e Terroso, e é isso que vamos defender sobretudo a desagregação que é um ponto de honra a colocar à assembleia.
O socialista adiantou que “o executivo tirou da cartola ao se encostarem ao Chega, que poderia fazer a diferença. Vamos ver como isto vai desenrolar e nem tudo são rosas”. Sobre o Chega, sublinhou “que o presidente nacional desse partido disse que não havia coligações com o PS e isto não é democracia”.
Composição do executivo e assembleia
Presidente – Carlos Gondar; Secretário – Ricardo Maçâes; Tesoureiro – Manuel Meira; 1º vogal – Linda Costa e 2º vogal – Sara Rosmaninho. Assembleia de Freguesia: Presidente – Joaquim Vianez, 1º secretário – Andreia Gomes e 2º secretário – Paulo Pires (Chega).