“Não temos nome porque não chegamos a ser uma banda mas para já podem chamar-nos Pai, Filha e Espírito Santo”. O escritor Ignácio de Loyola Brandão, a sua filha cantora Rita Gullo, e o guitarrista Edson Alves, arrancaram sonoros aplausos durante a palestra/concerto que protagonizaram na conferência de abertura do Correntes d´Escritas, na tarde de quarta-feira.
Às histórias contadas pelo autor brasileiro sobre a sua infância e sobre as suas vivências, seguiam-se momentos musicais pela voz e instrumento dos outros dois artistas. Um dos temas interpretados foi a ‘Canção do Mar’, bem conhecida do público português.
Isto na segunda parte da sessão. Na primeira, Ignácio de Loyola esteve sozinho mas nem por isso menos apelativo. Com sentido de humor e ironia, o jornalista falou sobre a sua descoberta da escrita, ainda na escola, sobre a crescente ameaça da censura à liberdade criativa no Brasil e no mundo, criticou os “muros de ódio” disseminados por líderes como Trump, Putin, Duterte e Jong-Un, e leu ainda uma passagem do seu livro «Serena Loucura», que sai em maio no seu país de origem e em novembro em Portugal.
Foto José Alberto Nogueira