Pescadores da região norte vão continuar parados (fotos)

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Cerca de 100 armadores, que empregam mais de 1500 pescadores, vão ficar parados pelo menos até ao próximo dia 9. Esta foi para já a decisão tomada após a longa reunião dos homens do mar com a secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, que decorreu no porto da Póvoa de Varzim esta quarta-feira, dia em que iniciaram o protesto contra as fiscalizações e multas que consideram excessivas por por parte da Unidade de Controlo Costeiro da GNR.

“Achamos que os compromissos assumidos pela secretária de estado são alguma coisa, mas não estão reunidas as condições mínimas para nós continuarmos a exercer a atividade de pesca. Continuamos parados até os resultados da reunião que temos marcada para dia 9”, explicou ao MAIS/Semanário Manuel Marques, presidente da Associação de Armadores de Pesca do Norte.

Na reunião de sexta-feira, que irá decorrer em Lisboa, estarão novamente reunidos elementos da Direção-Geral dos Recurso Naturais, da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, da Autoridade das Condições de Trabalho, além de representantes associativos e sindicais do setor da pesca e também da Secretaria de Estado.

Inspeções laborais suspensas até sexta

A secretária de estado das pescas, Teresa Coelho, acredita que a situação “será resolvida”. “Este é um setor importante para o país. Queremos que a paragem termine. Esse é o nosso objetivo e vamos acreditar que na reunião de sexta-feira as questões serão resolvidas. Temos um grupo de trabalho com várias entidades a trabalhar para isso”, referiu.

Pelo menos até sexta-feira, “as inspeções relativas às matérias de inspeção laboral estão suspensas”.

Embarcações já estão paradas

As embarcações, desde Viana do Castelo até à Figueira da Foz, já não saíram para o mar nesta quarta-feira. Durante a manhã, houve uma reunião videoconferência com o Tenente Coronel Paulo Gomes da GNR Costeira de Lisboa, e, depois, com a governante.

Os pescadores falam em “perseguição” e queixam-se de que há barcos a serem fiscalizados duas e três vezes na mesma semana para ver os mesmos documentos. O problema começou há três semanas com a chegada de novas equipas à Unidade de Controlo Costeiro (UCC) da GNR sob a alçada do comando de Matosinhos.

Fotos José Alberto Nogueira