Póvoa de Varzim adere a comunidade energética renovável

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A Póvoa de Varzim vai aderir a uma comunidade energética renovável, de maneira a comercializar a energia que produz a mais e para ter uma “poupança significativa” nos gastos energéticos. O município aprovou, na reunião do executivo realizada a 30 de julho, o princípio de adesão a esta comunidade.

Segundo Aires Pereira, “a Lipor está a preparar uma comunidade energética para poder comercializar a energia que produz, para além da energia que é produzida nos sistemas fotovoltaicos e nos sistemas eólicos, para poder fornecer essa energia a um preço bastante mais competitivo e mais estabilizado do que aquele que hoje é praticado na rede elétrica nacional”. “Esta comunidade energética, num futuro próximo, pode traduzir numa poupança significativa daquilo que são os gastos com energia elétrica”, afirmou o presidente da Câmara Municipal.

Farão parte desta comunidade a Lipor e os seus oito municípios associados, mas também entidades como a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, o Hospital de S. João, a Ordem dos Arquitetos, a Santa Casa da Misericórdia do Porto, a Casa da Arquitetura, e “mais onze empresas municipais”, adiantou.

Para tal, e como já tinha sido afirmado em 2023, Aires Pereira referiu que irão ser colocados painéis fotovoltaicos em edifícios camarários como o Mercado Municipal e as piscinas da Varzim Lazer, edifícios que “durante o dia têm uma produção excessiva de energia e que, a não ser assim, a energia que se perde sob o ponto de vista da remuneração”.

Sobre este assunto, João Trocado, vereador do Partido Socialista, afirmou que “já vamos em mais de três anos de mandato” e a Câmara “investiu zero euros em energias renováveis”. “Tem os edifícios com telhados que podem ser utilizados para a produção de energia, ainda por fazer esse investimento, inclusivamente constituiu um Centro do Clima, mas parece que este não é tema”, apontou.

Para a oposição, “a Câmara, nesta matéria da energia e do ambiente, é seguidista, no sentido de que aquilo que as associações de municípios ou outras entidades propõem, a Câmara adere. Agora, em termos de iniciativa política e da capacidade de dar prioridade a estas matérias, é zero. Tem sido zero, fala-se muito, faz-se nada”.