Seis reações adversas em quase 96 mil crianças vacinadas

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Até ao final do ano de 2021, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) recebeu a notificação de apenas seis reações adversas, incluindo uma miocardite, no universo de quase 96 mil crianças dos cinco aos 11 anos vacinadas contra a covid-19.

A notícia é avançada esta sexta-feira pelo Jornal de Notícias. De acordo com publicação, os seis casos, dois dos quais não foram considerados graves, reportam arrepios, dor no local da administração da vacina, mal-estar geral, febre e manchas na pele. Há registo de uma criança de 10 anos que sofreu uma miocardite (inflamação do músculo do coração), mas o Infarmed garante que esta já está recuperada.

No grupo etário dos 12 aos 17 anos, foram notificadas 97 reações adversas consideradas graves, num universo de 1,105 milhões de jovens vacinados. Nestas 97, há registo de 13 mio/pericardites de “gravidade moderada” e com “evolução favorável após tratamento adequado, consoante a etiologia, em ambulatório ou em ambiente hospitalar”.

“A miocardite e pericardite são doenças inflamatórias de etologia variadas, normalmente associadas, sobretudo nesta faixa etária, a infeções virais, o que dificulta o estabelecimento de uma relação causal com a vacina”, afirma o Infarmed.

Segundo o Jornal de Notícias, na fixa dos 12 aos 17 anos, as reações foram consideradas graves porque “motivaram observação e/ou tratamento clínico, mas todas tiveram evolução positiva e sem sequelas”. Há outros 91 casos notificados que não foram considerados graves.

De acordo com os dados agora avançados, na faixa etária dos cinco aos 11 anos, ocorreram 0,06 reações adversas por mil vacinas. Na faixa etária dos 12 aos 17 anos, foram registadas 0,17 reações adversas por mil vacinas.