Mais de 300 associados do Varzim compareceram na noite de sexta-feira na Assembleia Geral Extraordinária, que elegeu uma Comissão Administrativa (CA), liderada pelo empresário Rodrigo Moça. Antes, os varzinistas ficaram a conhecer a dimensão das dividas a curto prazo do clube, sendo necessário cerca de 350 mil euros até 15 de fevereiro para honrar compromissos de curto prazo.
Com Rodrigo Moça vão estar na equipa da CA, Pedro Coelho, André Tavares Moreira, Pedro Costa (que concorreu contra Edgar Pinho nas últimas eleições) e Tiago Ferreira. A única lista apresentada mereceu a concordância de 294 sócios, enquanto 20 se abstiveram e 1 associado votou contra.
A equipa da CA comprometeu-se perante a assembleia a que dentro de um mês seja apresentada a realidade do clube “com verdade e não com mentiras”, frisou André Tavares Moreira, como também Rodrigo Moça fez um enorme apelo “à união de todos”, destacando a coragem e juventude da Comissão que lidera.
Antes da eleição da Comissão Administrativa, foi explicado quais são as responsabilidades financeiras mais emergentes, entre as quais a necessidade de juntar cerca de 350 mil euros para liquidar compromissos com as Finanças, Segurança Social, dado que o clube não tem a sua situação regularizada junto destas entidades, como também estão em atraso os salários dos funcionários, plantel e vários fornecedores. Pedro Coelho, que foi membro do Conselho Fiscal até ser eleita a CA, sublinhou que “A ex-direcção sonegou informação vital para a vida do clube”, dando a entender que os valores a apurar nos próximos dias serão muito mais elevados.
Para Rodrigo Moça, o Varzim atravessa uma “fase quase catastrófica” e afirmou que “enquanto houver esperança e vida, eu acredito que talvez num tempo muito curto, as coisas se possam resolver. Eu tenho algumas pessoas que estão connosco”. A entrada do clube num PER (Processo Especial de Revitalização), plataforma à qual que o Varzim pode aderir, dado se encontrar situação económica difícil, pode ser a solução para salvar a coletividade. “Se for necessário daremos um passo atrás para depois dar dois à frente”, frisou o líder da Comissão.
A encerrar a sessão, o guarda-redes e capitão Ricardo Nunes disse a todos os presentes que “agora o espírito é outro e que se sente mais união. O guarda-redes alvinegro pediu aos responsáveis do Varzim que “olhem mais e deem mais condições à Formação, que é o futuro do clube”, palavras que levou ao entusiamo e aplausos em pé dos associados que encheram o salão da Associação da Matriz.