Os trabalhadores das empresas do grupo Transdev convocaram uma greve para esta sexta-feira (13) e para o próximo dia 6 de fevereiro. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN), é esperado que as greves tenham “uma grande participação, como aconteceu em março de 2019”.
A Transdev prevê “perturbações no serviço regular de transportes” e garante que “desenvolverá todos os esforços de forma a minorar o impacto desta paralisação, lamentando todos os possíveis inconvenientes causados aos seus clientes”.
Em causa está uma convenção coletiva de trabalho (CCT) que, segundo o STRUN, “não foi aprovado pelos trabalhadores, nem assinado por quem os representa”. Acrescenta que “este CCT é muito pior que o contrato da ANTROP [Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros]”: de acordo com o STRUN, a CCT tem uma “artimanha” que “prejudica” os trabalhadores, na medida em que faz com que “os trabalhadores a partir de 2027” possam “vir apenas a ter um vencimento igual ou pouco superior ao salário mínimo nacional”.
O Sindicato diz ainda que “as refeições em deslocado na ANTROP são pagas desde que o trabalhador não esteja no seu local de trabalho, na TRANSDEV só após 75km”.
“O STRUN irá também exigir já a partir da publicação da portaria de extensão da ANTROP, para os trabalhadores nas novas empresas das CIM, onde a FECTRANS [Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações] já não assinou em nosso nome o CCT, que a estes trabalhadores lhe seja aplicada tal portaria, com retroativos a 1/11/2022. Não podemos dar descanso, a quem de forma fraudulenta nos quer obrigar a aceitarmos um CCT que só nos prejudica”, lê-se no comunicado.