Vila do Conde conta com 173 casos ativos de covid-19, metade na cidade

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A Câmara de Vila do Conde revelou hoje que existem 173 casos ativos de covid-19 no concelho, e que já está em marcha um plano de apoio à população, assim como ações de sensibilização.

Segundo a autarquia vila-condense, a maior parte dos casos está concentrada na área urbana do concelho, com 87 casos, Guilhabreu (30), Mindelo (20), Árvore (11), Junqueira (8). Os restantes estão espalhados por outras freguesias do concelho, nomeadamente Azurara e Touguinhó.

Estas informações foram, esta quarta-feira, transmitidas pela presidente da Câmara local, Elisa Ferraz, numa conferência de imprensa em que confessou serem “situações que preocupam”, mas garantiu estarem em marchas várias medidas para mitigar o problema e proteger a população.

“Temos um carro nas ruas para sensibilizar a população sobre a transmissão do vírus, temos as camas de retaguardas montadas e ativas para receber as pessoas que solicitarem apoio, assim como o programa ‘Estamos Aqui” que oferece ajuda social, psicológica e alimentar”, disse a autarca.

Elisa Ferraz disse, ainda, estar “em contacto permanente com a Autoridade de Saúde e as forças de segurança [PSP e GNR” para uma vigilância aos estabelecimentos de restauração e esplanadas que proporcionam aglomerados, sobretudo nesta altura e verão.

A autarca lembrou, ainda, que foram suspensas as vistas aos lares de idosos e unidades de cuidados integrados de Vila do Conde, e também na cidade vizinha da Póvoa de Varzim, e que foi adiado, por mais 15 de dias, a reabertura dos centros de convívio no concelho vila-condense.

Elisa Ferraz revelou que o cemitério de Guilhabreu é, por enquanto, o único do concelho a estar encerrado à população, e afirmou que, após uma avaliação conjunta com a Autoridade de Saúde local, foi decidido manter a realização da feira semana de Vila do Conde, com as medidas de higienes e segurança já anteriormente implementadas.

Questionada sobre a origem deste surto no concelho, autarca disse “não ter informações concretas” sobre o tema, mas relacionou-o com o foco que surgiu numa fábrica de conservas em Caxinas, em julho.

“Para nós, o cerne da questão começou com o foco de infeção na [fábrica] Gencoal, que, entretanto, dizem-me estar controlado, mas que terá ramificado. No entanto, também não sabemos se houve casos importados, que levaram a este aumento do número de infetados em Vila do Conde”.

De acordo com o boletim mais recente da Direção Geral de Saúde, Vila do Conde regista 496 casos de infeção pelo novo coronavírus, sendo que 215 se reportam ao período entre 1 de julho e 10 de agosto.